quinta-feira, 24 de março de 2011

Acto final. Sócrates demite-se e acena com o perigo da ajuda externa

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Primeiro-ministro acusa oposição de colocar país em risco e diz que chumbo ao PEC deita por terra acordo externo
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O primeiro-ministro José Sócrates apresentou ontem a demissão ao Presidente da República, uns minutos depois do debate na Assembleia da República em que foi chumbado o programa de Estabilidade e Crescimento (PEC).
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O governo mantém-se ainda em pleno exercício de funções até que o Presidente da República aceite formalmente o pedido de demissão, o que só acontecerá após a cimeira europeia de hoje e amanhã. Sócrates estará hoje no Conselho Europeu, enquanto primeiro-ministro formalmente em plenas funções mas com o PEC chumbado para apresentar a Bruxelas.
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Após o encontro com Cavaco Silva, que não durou mais do que 20 minutos, o primeiro-ministro responsabilizou a oposição - que acusou de ter feito uma "coligação negativa" - pela crise política, numa intervenção em que as primeiras palavras foram para admitir a possibilidade de Portugal ter de recorrer a ajuda externa.
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"Hoje todos os partidos rejeitaram as medidas que o governo propôs para evitar que Portugal tivesse que recorrer a um programa de assistência financeira", começou por dizer José Sócrates, para logo a seguir acusar a oposição, em conjunto, de não ter apresentado qualquer alternativa e de ter "retirado ao governo, de forma consciente, condições para governar".
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Dirigindo-se directamente aos portugueses, Sócrates falou várias vezes no risco de o país precisar de recorrer a ajuda externa. "Tenho lutado por proteger o país da necessidade de recorrer a ajuda externa. Sempre alertei para as consequências negativas de um programa de ajuda externa", disse o primeiro-ministro, sustentando que está em causa "a reputação nacional".
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Notas do Papa Açordas: Oxalá que vendedores da banha da cobra, como o sr. Sócrates, nunca mais apareçam a chefiar um governo em Portugal... O povo português pagou um preço demasiado alto...
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