A procura no leilão de Obrigações do Tesouro de hoje chegou maioritariamente de estrangeiros, segundo o Ministério das Finanças, o que não impediu o secretário de Estado do Tesouro de considerar que o leilão de hoje pagou taxas de juro incomportáveis a prazo.
-
Numa nota enviada ao PÚBLICO, as Finanças realçam que a dívida hoje leiloada foi contraída a pagar uma taxa de juro perto de 40 pontos-base (0,4 pontos percentuais) abaixo do que é praticado nos mercados secundários, mas mesmo assim o secretário de Estado do Tesouro, Carlos Costa Pina, considerou ser um valor incomportável a prazo.
-
“São níveis de taxas de juro que não são sustentáveis a prazo, mas ainda são comportáveis no presente, o que reforça a importância das medidas de União Europeia”, concluiu, para especificar que “este nível de taxa de juro continua elevado e tem vindo a ser agravado, implicando a necessidade de um plano europeu de medidas urgentes ao nível do fundo europeu e estabilização do euro”, disse à agência Reuters.
-
O Estado pagou hoje um juro médio a roçar os seis por cento, numa emissão de Obrigações do Tesouro a dois anos e meio, o que representou uma subida da taxa paga de mais de 45 por cento em seis meses.
-
Carlos Costa Pina disse no entanto que não vê necessidade de outra ajuda que não seja a da União Europeia. “Acho que não se justifica um bailout [resgate], o que estamos a viver não é um problema ou uma dificuldade específica de Portugal”, que “não precisa de ajuda [externa], precisa é de ajuda de medidas da União Europeia que reponham a confiança dos mercados”, acrescentou.
-
Notas do Papa Açordas: Até que enfim, há um (des)governante que acha incomportáveis estas taxas. Embora vá levar nas orelhas, é sempre bom saber que há pessoas que ainda pensam pela sua cabeça...
-
Sem comentários:
Enviar um comentário