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O depoimento de Oliveira Costa ameaça fazer vítimas colaterais
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Dias Loureiro, conselheiro de Estado e ex-ministro de Cavaco Silva, é quem mais pode perder com a mudança de postura de Oliveira Costa. "Parece-me que quer explicar que o que se passou no BPN não é obra de um homem só", comentou Nuno Mello, deputado do CDS nesta comissão, ao i.
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Para o líder do Bloco de Esquerda, Francisco Louçã, este caso é revelador da associação entre o poder político e económico que resultou em grandes prejuízos e indícios claros de fraude.
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Dias Loureiro tem descartado qualquer responsabilidade ou conhecimento dos temas mais quentes relacionados com o dossier BPN, desde o banco Insular aos negócios ruinosos realizados em Porto Rico, tendo já sido desmentido por mais do que uma vez. Primeiro por António Marta, vice-governador do Banco de Portugal em 2001, que negou que Dias Loureiro tivesse alertado o supervisor que estava "intranquilo" com o banco - e depois pelos jornais.
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Na primeira vez que foi à comissão de inquérito, Dias Loureiro disse não conhecer o Excellence Asset Fund, veículo utilizado pelo grupo para comprar duas tecnológicas em Porto Rico. Mas tornou-se público que o ex-ministro, afinal, assinou contratos e foi representante desse mesmo fundo. Para Francisco Louçã, esta contradição já deveria ter tido consequências: a saída do ex-ministro do PSD do Conselho de Estado, evitando o constrangimento no órgão que aconselha o Presidente da República.
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Notas do Papa Açordas: Hoje vai ser o DIA D para Dias Loureiro. Depois de apanhado em muitas contradições e omissões, sofrendo de uma "amnésia" voluntariosa, Dias Loureiro consegue o feito de ainda manter o seu lugar no Conselho de Estado. Até quando?
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