Ao Amadora-Sintra chegam, sobretudo, menores filhos de pais com baixa escolaridade. Director-geral da Saúde admite alargar horário das cantinas escolares.
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Uns chegam ao hospital com fome e falta de higiene, outros entram com ténis de marca, mas mal alimentados. São meninos com carências alimentares originadas pela crise que o Amadora-Sintra começou a identificar há um ano e meio.
Uns chegam ao hospital com fome e falta de higiene, outros entram com ténis de marca, mas mal alimentados. São meninos com carências alimentares originadas pela crise que o Amadora-Sintra começou a identificar há um ano e meio.
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A situação foi relatada pela assistente social do Serviço de Pediatria do Hospital Fernando da Fonseca (Amadora-Sintra), Madalena Barros, que associa o problema à debilitada situação económica de muitas famílias.
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Também o director-geral da Saúde, Francisco George, admite que já existem "casos pontuais" de crianças com fome devido à crise, mas "ainda não constituem um problema de dimensão preocupante".
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Para a assistente social do Amadora-Sintra, os casos até agora registados podem dividir-se em dois tipos diferentes: "Existem meninos que dão entrada no Hospital Fernando da Fonseca com fome e em más condições de higiene e de vestuário e outros que chegam bem arranjados, mas mal alimentados".
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Traçando o perfil destas últimas famílias, Madalena Barros disse que são sobretudo famílias monoparentais que "gerem um bocadinho mal o orçamento que têm" e não querem ser "diferentes dos outros".
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São mães com "a escolaridade obrigatória ou nem isso" que se preocupam mais com "a imagem do que com os cuidados básicos".
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"Andar com uns ténis rotos ou umas calças usadas estigmatiza-os como pessoas carenciadas", elucidou Madalena Barros, acrescentando que muitos destes casos são de crianças entre os quatro e os seis anos.
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Estas famílias "valorizam muito o aspecto, mas deixam cair as coisas importantes e fundamentais", como a alimentação, a saúde e a educação, o que "compromete o bem-estar das crianças", sublinhou.
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A abordagem do hospital nestas situações é "sempre estratégica no sentido de capacitar a família e nunca de a confrontar com estas fragilidades". (Público)
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Notas do Papa Açordas: É triste que isto aconteça no país cor-de-rosa do sr. Sócrates. Ainda hoje, a pseudo ministra da educação, desmentiu estes factos, dizendo que são alarmismos...Mais uma prova da distância que os governantes estão do verdadeiro povo e do país real...
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2 comentários:
São os mesmo cromos que desmentem que exista em Portugal fome. Visitem as misericórdias, as paróquias e as instituições de apoio social!
Saudações do Marreta.
Compadre
Esta é a realidade nua e crua que muitos insistem em não ver. Imagina que em Sintra se está a construir o fórum Sintra, isto em período de crise e dificuldades.
E a miséria aumenta, cresce, ameaça, sob os olhos da indiferença de quem nos governa.
Abraço
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