Manuel Alegre afirmou hoje que "não há provas de que haja hoje menos pobreza do que em 2004", data do estudo recentemente divulgado sobre os índices de desigualdade em Portugal e que gerou polémica no último debate quinzenal no Parlamento.
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No debate de quinta-feira, José Sócrates alegou que "não é verdade" que as desigualdades e a pobreza estejam a aumentar em Portugal: "Tenho aqui um outro quadro, entre 1995 tínhamos 23 por cento de portugueses em risco de pobreza, em 2004 tínhamos 20 por cento, em 2005 19 por cento e em 2006 18 por cento".
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Hoje, à margem de um debate no Porto, Manuel Alegre, ex-candidato independente à Presidência da República, afirmou que se é verdade que o estudo se refere à situação em 2004 é também verdade que "não há indicadores que demonstrem que a situação é hoje melhor"."Também não podemos provar que é pior, não sabemos se é melhor ou pior", acrescentou.
Hoje, à margem de um debate no Porto, Manuel Alegre, ex-candidato independente à Presidência da República, afirmou que se é verdade que o estudo se refere à situação em 2004 é também verdade que "não há indicadores que demonstrem que a situação é hoje melhor"."Também não podemos provar que é pior, não sabemos se é melhor ou pior", acrescentou.
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Questionado sobre o porquê da sua participação prevista em acções conjuntas com representantes de outras forças de esquerda, Manuel Alegre considerou que neste sector do espectro ideológico tem havido "muito monólogo e pouco debate".
Questionado sobre o porquê da sua participação prevista em acções conjuntas com representantes de outras forças de esquerda, Manuel Alegre considerou que neste sector do espectro ideológico tem havido "muito monólogo e pouco debate".
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"Se há desigualdades, se há pobreza, a esquerda, a do PS e a outra, tem de criar pontes, diálogo, para encontrar soluções alternativas", disse, garantindo que recusa alimentar qualquer polémica com o próprio PS.
"Se há desigualdades, se há pobreza, a esquerda, a do PS e a outra, tem de criar pontes, diálogo, para encontrar soluções alternativas", disse, garantindo que recusa alimentar qualquer polémica com o próprio PS.
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"Isto não é só guerra, não é só sangue. Há muita gente a viver mal em Portugal, em dificuldades, e a classe média está a empobrecer. É preciso encontrar soluções para isso", frisou.
"Isto não é só guerra, não é só sangue. Há muita gente a viver mal em Portugal, em dificuldades, e a classe média está a empobrecer. É preciso encontrar soluções para isso", frisou.
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Já no debate, Manuel Alegre defendeu o direito do Estado a "renacionalizar" empresas e criticou a tendência para "diabolizar o que é público e divinizar o que é privado".
Já no debate, Manuel Alegre defendeu o direito do Estado a "renacionalizar" empresas e criticou a tendência para "diabolizar o que é público e divinizar o que é privado".
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O ex-candidato presidencial afirmou que "pode haver situações em sejam necessárias nacionalizações para a própria sobrevivência da democracia".
O ex-candidato presidencial afirmou que "pode haver situações em sejam necessárias nacionalizações para a própria sobrevivência da democracia".
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"Não estou a dizer que tenha de haver, mas sim que a esquerda tem de ter coragem de encarar essa hipótese", afirmou.
"Não estou a dizer que tenha de haver, mas sim que a esquerda tem de ter coragem de encarar essa hipótese", afirmou.
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Mais tarde, questionado durante o debate, explicou que o seu conceito de nacionalizar "não é voltar ao Estado a produzir tudo, com um colectivismo dos aparelhos de produção".
Mais tarde, questionado durante o debate, explicou que o seu conceito de nacionalizar "não é voltar ao Estado a produzir tudo, com um colectivismo dos aparelhos de produção".
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"Quero é um Estado que assuma as suas responsabilidades de combater as desigualdades. O Estado a renacionalizar empresas não é pecado nem o Tratado de Roma o proíbe", frisou.
"Quero é um Estado que assuma as suas responsabilidades de combater as desigualdades. O Estado a renacionalizar empresas não é pecado nem o Tratado de Roma o proíbe", frisou.
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A nacionalização ou não de empresas, num momento em que se fala mais da privatização dos últimos resquícios da presença do Estado no tecido económico, passa "pela grande questão, o grande combate da esquerda, que é saber se é possível ou não outra lógica na economia. Esta é uma diferença entre esquerda e direita e é uma questão ideológica".
A nacionalização ou não de empresas, num momento em que se fala mais da privatização dos últimos resquícios da presença do Estado no tecido económico, passa "pela grande questão, o grande combate da esquerda, que é saber se é possível ou não outra lógica na economia. Esta é uma diferença entre esquerda e direita e é uma questão ideológica".
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Manuel Alegre considerou que é importante "não aceitar a humilhação do Estado face à sociedade civil". (RTP)
Manuel Alegre considerou que é importante "não aceitar a humilhação do Estado face à sociedade civil". (RTP)
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Notas do Papa Açordas: O certo é que a população está com mais dificuldades que as sentidas em 2004. Este (des)governo tem contribuído voluntáriamente para tal...Deixemos de eufemismos e tratemos os bois pelos seus nomes... O governo tem prejudicado a população portuguesa...
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