segunda-feira, 26 de maio de 2008

Agricultura dispensa mais 243 funcionários

Lista gera incerteza e bloqueio no IFAP: não indica nome dos funcionários, apenas categorias profissionais
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O Instituto de Financiamento da Agricultura e Pescas (IFAP) está em polvorosa com a anunciada redução de um terço dos funcionários.
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O conselho directivo enviou na semana passada a todos os funcionários um quadro com as futuras necessidades de pessoal que mostra uma diferença de 243 lugares. O mapa comparativo, a que o SOL, teve acesso, está dividido por áreas funcionais. Mostra, por exemplo, que se agora existem 12 pessoas na área jurídica, no futuro serão precisas apenas nove. Na área de controlo de apoios ao investimento, os lugares passam de 22 para 14.
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O envio deste documento está a gerar a incerteza dentro daquele organismo, tutelado pelo ministro Jaime Silva, e mesmo bloqueios no normal funcionamento dos serviços. "Se nalguns casos, as pessoas ficam sem saber quem é que fica e quem é que sai, noutros, percebe-se logo quais os funcionários que vão para o quadro de excedentários", afirmou ao SOL fonte do IFAP. Por exemplo, na área de relações laborais, as actuais quatro vagas serão reduzidas a zero. "Apenas números, nenhuma palavra, nenhuma explicação", queixa-se um trabalhador. Num total de 819 funcionários, a redução proposta é de 30% das pessoas.
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A lista dos postos de trabalho necessários, que foi sujeita a aprovação dos ministros da Agricultura e Finanças no início de Abril, foi enviada e publicitada a todos os funcionários do IFAP com o intuito de "convidar" os trabalhadores que queiram a requerer voluntáriamente a sua colocação no quadro de mobilidade especial.
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É por causa disso que, para já, não foram divulgados nomes de pessoas. Só a partir de quinta-feira é que, esgotado esse prazo, deverá ser comunicado pela direcção quais os funcionários que serão obrigados a ir para o quadro de excedentários, de forma a dar cumprimento à redução desejada por Teixeira dos Santos e Jaime Silva.
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Quanto ao modo como será feita a selecção, foi entretanto assim explicado, por novo comunicado enviado por email, que assenta na avaliação de desempenho de 2006. Ora, aqui também se levantam outras dúvidas, pois muitos funcionários não foram avaliados. Segundo a direcção do IFAP, nesse caso, serão tidos em conta as habilitações académicas, acções de formação frequentadas e experiência funcional.
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O ministério da Agricultura é aquele onde o processo de reestruturação interna e colocação de funcionários no quadro de excedentários se encontra mais avançado. A agitação é, por isso, grande e já motivou providências cautelares por parte do Sindicato de Quadros Técnicos do Estado, contestando os critérios na selecção de pessoal para o quadro de excedentários. (SOL)
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Notas do Papa Açordas: Os dirigentes já sabem quem vão colocar na rua, pois só assim, se explica o facto da delegação de Faro do IFAP, se ter mudado em finais de 2007 para as instalações da Direcção Regional de Agricultura e Pescas do Algarve (DRAPALG), excepto meia dúzia de funcionários, que continuam nas antigas instalações, sem qualquer trabalho distribuído. Simplesmente, abandonados. Serão estes os funcionários a abater? Certamente que não são militantes do partido do poder!!!...

6 comentários:

Anónimo disse...

O que foi feito em Faro, com os funcionários do ex-IFADAP, é uma vergonha.
O dirigente máximo foi para o Patacão, levou os funcionários que quis, e deixou os outros à sua sorte. Uma vergonha!...
Força Compadre! Dê-lhes porrada porque eles não merecem outra coisa.

Tiago R Cardoso disse...

Muito bem, não conheço os pormenores, mas diga-se muito bem dito.

Anónimo disse...

A pouca vergonha, o atropelo de direitos, a indiferença pelo modo como estão a funcionar os serviços da agricultura, continuam. Até onde nos levará o Sr Silva e a sua pandilha?
Mancha Negra

Anónimo disse...

Caros amigos, a situação que se vive com a reestruturação do IFAP é uma autentica falta de ética; como podem vários directores regionais avaliar os funcionários, com critérios diversos uns dos outros, depois meter tudo dentro de um saco, baralhar, e depois ordenar por classificações. NÃO PODE, os directores do Algarve e Alentejo, avaliaram os funcionários por baixo (3,4 a 3,7), os do Norte (3,9 a 4,3), está visto o que vai acontecer. OS FUNCIONÁRIOS NAOP DO ALENTEJO E DO ALGARVE, VÃO TODOS PARA OS DISPONIVEIS. Mas há mais, como os contratos destes são Contratos Individuais de trabalho (CIT´s), têm direito apenas a 1 ano de mobilidade, após esse ano vão directamente para o desemprego.

Anónimo disse...

Mais, apenas agora, são equiparadas as categorias dos funcionários do IFAP (bancários) com as da Função Pública, ex: chefe de secção passa a administrativo; chefe de divisão, passa a técnico superior; etc.
No entanto, quando começou a selecção do pessoal que passou para as DRAP´s (Direcções Regionais de Agricultura), foram extintos os lugares de chefe de secção e de divisão, nessa altura, as pessoas que ocupavam esse lugar, deveriam ter ficado de fora ... pois bem, em Beja, a ex-chefe de secção, foi integrada na Drap como administrativa (antes da equiparação das carreiras e categorias), o chefe de divisão passou para Director.
Dá-me vontade de dizer que isto é uma palhaçada, mas não é só isso, porque são situações graves.
As avaliações têm vindo a preparar a reestruturação, os chefes quando estavam a avaliar o pessoal, diziam: - não te posso dar mais nota, porque o teu colega tem que ser promovido este ano, para sermos bons colegas, anuimos, no ano seguinte houve outro caso igual, e agora essas pessoas estão incluidas, e, eu BOM COLEGA estou de fora.

Anónimo disse...

Não sei se alguém que está a ler, que seja jurista, quer comentar as afirmações atrás referidas, penso que poderia ajudar, saber se há aqui matéria para ir a tribunal com este caso.
Infelizmente o Sindicato dos Bancários, tem deixado arrastar o caso, e ainda não tomaram uma posição firme ... sindicato afecto à UGT, como se diz em Portugal, "palavras para quê? é um artista Português ..."