sábado, 14 de março de 2009

Até quando, Zézito?

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Reacção à manifestação de ontem que juntou cerca de 200 mil pessoas
Sócrates acusa CGTP de ser instrumentalizada pelo PCP e Bloco de Esquerda

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O primeiro-ministro, José Sócrates, acusou hoje os sindicatos afectos à CGTP-IN de se deixarem instrumentalizar pelos interesses eleitorais do PCP e do Bloco de Esquerda, queixando-se também de as manifestações se limitarem ao insulto pessoal.
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José Sócrates respondia aos jornalistas no final de três dias de visita oficial a Cabo Verde, depois de ter sido confrontado com a manifestação da CGTP-IN de ontem, em Lisboa, que os sindicatos dizem ter contado com a participação de cerca de 200 mil pessoas. "Não quero discutir o número de participantes, até porque o número não é argumento. Lamento mas discordo dos dirigentes sindicais que organizam manifestações desse tipo, porque não é solução para nenhum dos problemas", começou por reagir José Sócrates.
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O líder do executivo defendeu que o seu Governo "fez reformas da maior importância em áreas como as da Segurança Social, administração pública e educação. "Lamento que estas reformas não tenham sido acompanhadas pelos sindicatos, mas era preciso fazê-las", disse, numa alusão a alguns dos motivos de protesto inerentes à manifestação da CGTP-IN.
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Nota do Papa Açordas: A imagem dó Zézito é a de um líder acossado por todos os lados. É o governo, o partidário e o pessoal. E não há melhor safa possível, que o rapaz dê a culpa aos "comunistas"...Até quando?
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2 comentários:

A. João Soares disse...

Caro Papa Açordas,
A quantidade de manifestantes pode não significar muito: Mas o povo não é louco(assim o pensa o PS quando se refere à maioria absoluta) e, por isso não podemos ignorar que tem argumentos bastantes para se dar ao incómodo da manifestação.
Os principais argumentos assentam na gratidão do povo pelas muitas promessas feitas em tom solene e bem audível, mas mais que a gratidão foi a desilusão e o desgosto que o povo teve por ver essas promessas ignoradas e desmentidas. Tal desilusão é demasiado estrondosa e arrasta a desconfiança em relação aos governantes e cria desprestigio destes. As contradições são insuportáveis pelo seu número. Aqui a quantidade é argumento! Por exemplo o aumento da criminalidade vem desmentir as palavras pouco verdadeiras do MAI e do MJ sobre a segurança e a Justiça. Estas contradições vêm mostrar que o tom em voz alta, com o rosto avermelhado e o ar irritado não constituem argumento, tal como a vitimização, a referência a fantasmas como «campanha negra, calúnias, ataques pessoais, tentativas de assassínio político, nada provam quando surge uma suspeita de algo desagradável. Também a «visão tremendista» não é argumento que contradiga as referências a factos indesmentíveis. Malhar com palavras ocas de significado não convencem eleitores que pensam (como o PS pensa que são os que lhe deram a maioria absoluta!).
Um abraço
João Soares

Mariazinha disse...

É a reacção normal dos grandes tiranos. Já Hitler,no bunker,à beira da capitulação,tinha delirios identicos.

Beijokas