sábado, 21 de março de 2009

Cultura: "legislatura perdida" segundo Carrilho

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"É urgente mudar"
Manuel Maria Carrilho: Governo PS foi “uma legislatura perdida” em termos de políticas culturais

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Manuel Maria Carrilho, antigo ministro da Cultura do PS de António Guterres e actual embaixador português da UNESCO, considera que, face ao contexto de crise económica em que o país vive, o Governo PS não tem investido na área cultural, o que considera ser “uma cegueira tragicamente irresponsável”.
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Segundo Carrilho, relata hoje o semanário "Expresso", “a cultura pode dar uma importante contribuição na resposta à crise que o país atravessa”, e a difícil conjuntura económica pela qual Portugal passa “de modo algum justifica, seja o estado de abandono a que a cultura tem sido votada, seja o desinvestimento de que tem sido objecto e que pode provocar danos irreversíveis”.
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Carrilho lamenta o facto de a política cultural se ter tornado “cada vez mais invisível, ilegível e incompreensível, ameaçando fazer dos anos 2005/2009 uma legislatura perdida para a cultura”.
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O embaixador português da UNESCO defende que é preciso valorizar o contributo da cultura e da criação “no PIB, no emprego, na coesão e na competitividade”, e que “não reconhecer isso é, hoje, de uma cegueira tragicamente irresponsável”. Carrilho propõe que o PS garanta a efectiva progressão do orçamento para a Cultura até um por cento do Orçamento do Estado e que “reformule a administração dos sectores fundamentais”.
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Nota do Papa Açordas: Ora aqui está alguém que percebe de cultura, a falar da cultura em Portugal. Com Sócrates, foi ZERO! A política da cultura tornou-se "cada vez mais invisível, ilegível e incompreensível"... É preciso mais? Lamente-se...
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1 comentário:

Anónimo disse...

Acho injusto. Este governo tem vários expoentes no domínio da cultura. Começemos pelo próprio Socrates: as provas de cultura que ele já nos deu na forma como tirou o curso, nos projectos que subscreveu, na forma superior e equidistante com que lidou com o caso Freeport. Tudo isto é cultura!
E o Eng.º Lino?! Só a forma como domina o francês (aquele "jamais" no mais puro e profundo francês), e a eloquencia verdadeiramente inebriante (deve ser dos vapores)com que discursa após o almoço, os conhecimentos que demonstra sobre geografia de Portugal, em particular dos seus desertos a sul, dispensam outras referências. E Augusto Santos Silva, como ele traulita o português na defesa do dono? E podíamos continuar com exemplos de Jaime Silva, Manuel Pinho, com o CV de Maria de Lurdes Rodrigues, etc,etc,etc
Mancha Negra