quarta-feira, 18 de março de 2009

Abel Mateus alerta para o endividamento do país

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Abel Mateus critica lógica dos grandes investimentos
Portugal arrisca-se a ser um cheque sem cobertura por causa do endividamento

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O ex-presidente da Autoridade da Concorrência, hoje a dar aulas na Universidade de Nova Iorque, afirma que a "lógica de fazer grandes projectos, porque vai gerar emprego, é uma lógica invertida".
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O que pensa das análises que olham para Portugal como um dos países que ameaçam a integridade do euro?
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Já há muitos sinais de problemas. O sinal muito claro foi dado pelas agências quando reduziram o rating da República Portuguesa, bem como de outros países do Sul da Europa e da Irlanda. O problema de restrição do financiamento externo é o mais importante e complicado da economia portuguesa, actualmente.
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As estatísticas dão, para finais de 2008, 106 por cento de endividamento externo em relação ao PIB, a crescer entre oito a nove pontos percentuais do PIB ao ano. Isto altera radicalmente a situação como se analisa a economia portuguesa, porque já não se pode medir a evolução do bem-estar dos portugueses e do seu rendimento em termos do PIB.
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Quando se diz que o PIB cresceu um ou 1,5 por cento, não é isso que cresce o rendimento dos portugueses, porque já temos de pagar muitos juros ao exterior. No período 2005-09, embora o crescimento médio do PIB tenha sido à volta de um por cento, em termos de rendimento nacional esteve estagnado.
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Nota do Papa Açordas: Sócrates devia dar mais atenção às opiniões produzidas pelos grandes economistas, independentemente destes concordarem ou não com as suas políticas...
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