sábado, 21 de março de 2009

Provedor de Justiça: partido de Sócrates forçado a acordo com partidos que combate...

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PS revela nome de Jorge Miranda e rompe negociações
Provedor de Justiça: ruptura com PSD força PS a acordo com os outros partidos

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O impasse na escolha do provedor de Justiça entre PS e PSD acabou ontem em ruptura e agora os socialistas vão ter que tentar entender-se com a esquerda e o CDS.
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Oito meses depois do fim do mandato de Nascimento Rodrigues, avanços, recuos e acusações públicas, os socialistas puseram fim às conversações e criticaram os sociais-democratas por recusarem o nome do constitucionalista e ex-deputado à Constituinte Jorge Miranda e insistirem em propor o nome do futuro provedor. Era Jorge Miranda, então, o "nome forte" que quinta-feira não quiseram revelar, mas que foi apresentado ao PSD no final da semana passada.
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Numa conferência de imprensa, no Porto, o líder parlamentar socialista, Alberto Martins, anunciou não haver condições para manter o "diálogo bilateral" com o PSD depois de Manuela Ferreira Leite insistir que a indicação do próximo provedor de Justiça deve caber à oposição e que aguarda "o necessário consenso" do PS a uma proposta apresentada no final do ano passado. "Consideramos esgotadas todas as condições para tal. Vamos apresentar uma proposta que, no âmbito de todos os partidos, permita uma solução de dois terços para a escolha do nome do provedor de Justiça", afirmou Alberto Martins.
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Agora, para ultrapassar este novo impasse, a bancada socialista vai ter de conversar com o PCP, BE, PEV e o CDS-PP e tentar negociar um nome que, constitucionalmente, tem de ser eleito na Assembleia da República por uma maioria de dois terços dos deputados. Que o PS conseguiria com o PSD, como aconteceu nas últimas duas décadas. E que conseguirá, com a actual composição do Parlamento, se reunir todos os votos das bancadas do PCP, CDS, Bloco de Esquerda, PEV e dos dois parlamentares não inscritos (a ex-comunista Luísa Mesquita e José Paulo Carvalho, ex-CDS).
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Nota do Papa Açordas: Apesar do horror que Sócrates tem aos partidos de esquerda (BE e PCP), vai ser forçado a fazer acordo com eles, para a eleição do Provedor de Justiça... Mas, seria bom que estes partidos recusassem, atendendo às políticas de direita fomentados pelo actual governo, "capitaneado" por Sócrates...
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