quarta-feira, 17 de novembro de 2010

Marcas brancas ganham (mais) espaço nas compras de portugueses

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Estudo aponta também que 28% dos inquiridos admitem ter passado a preparar refeições para consumir fora de casa
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As marcas brancas ocupam 34% do valor gasto pelos portugueses em bens de consumo rápido - uma escalada de 6,9 pontos percentuais desde 2007. O valor põe Portugal ainda longe de países como o Reino Unido, onde o consumo destes bens ocupa uma fatia de 46,5%. Porém, a tendência de subida irá manter-se em 2011, segundo o estudo apresentado ontem pela Kantar Worldpanel.
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A análise dos hábitos de consumo dos portugueses permitiu também concluir que as compras de bens de consumo rápido são agora feitas com menos frequência (-5,5%), mas em maior quantidade em cada ida ao retalho. Os "cestos de compras" que os portugueses levam para casa devem voltar a crescer no próximo ano - o que, segundo a consultora, revela "maior planeamento" de compras em tempo de crise. Este planeamento é aliás potenciado pela preferência dada às superfícies comerciais em detrimento do comércio tradicional, que recebe apenas 14% do valor gasto em compras. O comércio tradicional perdeu 9,6% de visitas em 2010.
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A esmagadora maioria (73%) dos inquiridos diz sentir a crise em 2010 e 57,7% dizem ter passado a cuidar mais das despesas. A fatia do consumo consagrada à alimentação cresceu dois pontos percentuais, para 73,6%, impulsionada por um crescimento de 30% nas compras de comida pronta. O maior consumo alimentar é considerado pela consultora uma alteração nos hábitos dos portugueses - 28% admitiram preparar mais refeições para consumir fora de casa, seja na escola seja no local de trabalho.
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Notas do Papa Açordas: É natural que, com a crise aí instalada, haja um maior consumo de produtos de marcas brancas. Eu próprio, as compra desde que apareceram, e não noto qualquer diferença das marcas comerciais. Já tenho reparado que, muitas vezes, estes produtos são feitos nas mesmas fábricas que fazem os mais caros...
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1 comentário:

Anabela Jardim disse...

Que bom esse cuidado com os gastos. Eu que sempre viv num país com economia em crise(mesmo que o governo diga o contrário)sei como é duro ter regrar os gastos e às vezes se privar de um impulsivo ato consumista.
Quanto ao sobreiro, foi a primeira vez que vi por aqui, mas lembro das imagens mostradas diretamente de Portugal em época de colheita(?)da cortiça e pareceu-me um pouco diferente. Enfim, são adaptações impostas pelo homem à natureza.
Saudações.