terça-feira, 16 de novembro de 2010

CGD teme fuga de quadros por causa dos cortes salariais

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Administração enviou carta ao Governo a pedir excusa das medidas de austeridade
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A Caixa Geral de Depósitos (CGD) questionou o Governo, por escrito, sobre a decisão de aplicar à instituição pública as medidas de austeridade inscritas no quadro do Orçamento do Estado para 2011.
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A gestão alega que a CGD opera no mercado em concorrência com outros bancos privados e solicita que lhe seja aplicado o regime de excepção, à semelhança do que aconteceu este ano com o congelamento de salários.
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A administração liderada do Faria de Oliveira enviou, há alguns dias, uma carta ao gabinete do ministro das Finanças, Teixeira dos Santos, a manifestar dúvidas sobre a decisão de estender aos cerca de 10.600 trabalhadores do banco o plano de contenção salarial e de recursos humanos que o Governo quer aplicar a todo o sector empresarial do Estado (SEE).
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A missiva dirigida à tutela surge depois de Faria de Oliveira ter sido informado de que as medidas de austeridade abrangerão a CGD, facto que o levou a escrever ao ministro para lembrar que o banco público está no mercado, onde concorre com o sector privado em todas as áreas de actividade. Por esta razão, entende que a política de remunerações (salários, bónus, progressão na carreira) não pode ser equiparada à de outras empresas ou entidades do universo público. O CEO avisa que eventuais mexidas nas remunerações dos trabalhadores da CGD podem resultar numa sangria de quadros para a esfera privada. Ou seja, o banco público não pode ser equiparado a uma direcção-geral.
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A iniciativa de Faria de Oliveira foi antecedida de contactos efectuados pela comissão de trabalhadores, que alertou para a existência de um Acordo de Empresa, negociado entre a gestão da CGD e os sindicatos, e que fixa a tabela de remunerações. Por esta razão consideram ilegítima a decisão de aplicar à CGD o programa de austeridade.
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Notas do Papa Açordas: Claro que os rapazes da CGD não gostam que as medidas de austeridade lhe caiam em cima. Era melhor, que fossem apenas para os outros funcionários públicos... A crise não é deles, é dos vizinhos...
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1 comentário:

Pata Negra disse...

Tirar a quem ganha pouco ainda é como o outro, agora a quem ganha muito?! Já não há respeito pela competência e pelo estatuto de quem fez não vida para ganhar muito?!