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No primeiro período, faltas no terceiro ciclo foram quase três milhões
Redução de faltas poderá não ser real, advertem escolas
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Os alunos do ensino básico e secundário estão a faltar menos, como agora anunciou o Ministério da Educação (ME), ou são as escolas que estão a contabilizar menos faltas do que aquelas que foram dadas? A polémica estalou na sequência dos dados divulgados segunda-feira, pelo ME, apontando para uma redução, no primeiro período, de 22,5 por cento no número de faltas registado no 3º ciclo e de 22,4 por cento no secundário.
Redução de faltas poderá não ser real, advertem escolas
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Os alunos do ensino básico e secundário estão a faltar menos, como agora anunciou o Ministério da Educação (ME), ou são as escolas que estão a contabilizar menos faltas do que aquelas que foram dadas? A polémica estalou na sequência dos dados divulgados segunda-feira, pelo ME, apontando para uma redução, no primeiro período, de 22,5 por cento no número de faltas registado no 3º ciclo e de 22,4 por cento no secundário.
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A ministra da Educação atribui o feito ao novo Estatuto do Aluno, que obriga os faltosos à prestação de provas de recuperação. Os números revelam que há meios mais racionais para combater o absentismo do que a “ameaça de chumbo”, disse Maria de Lurdes Rodrigues. “Um progresso absolutamente extraordinário”, comentou o primeiro-ministro.
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Mas nas escolas o anúncio está a ser recebido com alguma “perplexidade”. Responsáveis contactados pelo PÚBLICO recordam, a propósito, que por força do novo Estatuto do Aluno, aos estudantes que fizeram provas de recuperação e tiveram positiva, são retiradas as faltas registadas, o que não quer dizer que tenham faltado menos.
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“Podem ir acumulando faltas, acumulando provas e ir voltando sempre à estaca zero. É o que a lei prevê”, resume Isabel le Gê, presidente do conselho executivo da escola D. Amélia, em Lisboa. É uma das “perversidades” que aponta ao novo Estatuto do Aluno. O de ir contra a acção formativa que deve ser a da escola: “Promove-se o oportunismo.” “Para os alunos que trabalham e são responsáveis é um insulto”, diz, dando conta de queixas que tem vindo a receber.
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Notas do Papa Açordas: Este ME já nos habituou a tudo o que é de mau, na área da educação. Por favor leiam este comentário, deixado no "Público", por um professor, de Lisboa: "Sou professor, tenho 3 alunos que faltam sistematicamente, fazem provas de recuperação (se não passarem na prova, o prof terá que fazer outra...), passam e as faltas voltam a ZERO, voltam a faltar até ao limite, nova prova, faltas novamente a ZERO... até que já desisti de marcar faltas, assim não fazem prova de recuperação, só aparecem para fazer testes... Este sistema é completamente absurdo e uma injustiça tremenda para aqueles alunos que nunca faltam, pois se tem o azar de correr mal o teste, tem negativa, os outros faltam, fazem provas até passarem.... Parabéns aos especialistas, políticos, ministros, secretários de estado e "opinadores" especialistas (incluindo os que aqui comentam as noticias) em Educação que nunca puseram um pé numa Escola. É assim o Estatuto de Aluno, uma aberração que visa passar toda a gente sem o mínimo esforço, digo sinceramente, um aluno hoje em dia para reprovar tem mesmo que se esforçar... Só vamos ver a porcaria que este ME andou a fazer daqui a 15/20 anos."
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