Num seminário sobre regionalização, o presidente da Câmara do Porto fez um diagnóstico do país pouco animador
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O presidente da Câmara do Porto não poupou críticas ao actual estado do país, considerando que a economia portuguesa "está de gatas". Na sessão de abertura do seminário Regionalização e Revisão Constitucional: que perspectivas?, que decorreu ontem no Porto, Rui Rio lembrou que "a dívida externa é o mais grave problema do país", não sabendo "se haverá capacidade para o resolver". "Temos gente a sofrer com isto e vamos ter ainda mais, uma vez que o sistema é injusto para com essas pessoas, socialmente e não só", sustentou o autarca, para quem dificilmente haverá remédio à vista para "uma dívida pública monstruosa e inadmissível e uma dívida externa ainda pior".
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No entender do autarca, Portugal "está a viver o fim do regime que nasceu com o 25 de Abril de 1974", alertando para a importância da próxima revisão constitucional. "Mais importante que a regionalização é a revisão constitucional, muito embora tema que esta termine como as que a antecederam, com PS e PSD a insultarem-se", salientou Rui Rio, para quem aquilo que tem vindo a ser feito em Portugal são soluções ad hoc. "A situação a que chegámos é muito grave e o regime tem de sofrer reformas profundas, para não dizer rupturas.
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"Um exemplo é a área da justiça. Rui Rio considera que este sector em Portugal "é incapaz de qualquer controlo democrático", o que conduz, na sua opinião, a "um poder político desacreditado e fraco". Daí que a revisão constitucional possa ser uma oportunidade de refundar alguns princípios sobre os quais assenta o regime político em Portugal.
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