sábado, 19 de fevereiro de 2011

PS. Carrilho diz que "liberdade condicional" é inaceitável

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Alterações das regras para apresentar moções globais estão a gerar polémica. Ex-ministro diz que a situação é "inaceitável"
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Manuel Maria Carrilho acusa a direcção do PS de José Sócrates de estar a condicionar o debate para o próximo congresso do partido. "Parece-me que tudo é feito para estabelecer um regime de liberdade condicional aos militantes", diz ao i o ex-ministro da Cultura e antigo dirigente socialista, criticando a decisão de limitar a apresentação de moções globais apenas a quem se candidate a secretário-geral do partido.
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"É uma novidade não poder haver moções sem candidato. É inaceitável. É dizer que há pluralidade, mas debate de ideias é que não pode haver", afirma Carrilho, que já foi desafiado pela candidatura do actual secretário-geral, José Sócrates, para se candidatar à liderança.
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Confrontado com essa hipótese - que foi deixada ao i pelo director de campanha de José Sócrates, Capoulas Santos -, o antigo deputado socialista diz que "não comenta" porque seria "reforçar o condicionamento" a que os militantes estão sujeitos e reafirma o que já disse sobre o assunto. No seu comentário na TVI, Carrilho esclareceu que faz parte da liberdade dos militantes afirmarem se são ou não candidatos no momento que entenderem mais adequado.
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O militante socialista Fonseca Ferreira, que apresentou no último congresso uma moção estratégica concorrente à de Sócrates, já levantou a questão no interior do partido e pediu à comissão de jurisdição a impugnação da norma que impede a apresentação de moções globais sem que o seu autor se candidate à liderança. Na direcção do PS, o entendimento é que as novas regras, aprovadas recentemente no conselho nacional, visam impedir que possa ser eleito um secretário-geral com a moção de uma candidatura adversária.
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Notas do Papa Açordas: É óbvio que Sócrates faça tudo, legal ou ilegal, para que não apareçam candidatos a ensombrar a percentagem desejada, ou seja, à Kim Jung-il... Dentro do PS não há democracia. O Aparelho é que manda e, por isso, as secções estão vazias... Aposto que os votantes não vão ultrapassar os 20 % dos militantes...
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