segunda-feira, 28 de fevereiro de 2011

Primeira fábrica nano inaugurada hoje na Caparica

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O equipamento, de um milhão de euros, foi adquirido pelo grupo de investigação de Elvira Fortunato. O i já lá foi ser "nanofabricado"
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Pense nos anúncios para detergentes, em que as fibras da camisa aparecem aumentadas no ecrã da televisão. Agora imagine que uma dessas fibras tem metade da grossura de um fio de cabelo, 30 mícrones. Elvira Fortunato, anfitriã do primeiro laboratório de nanofabricação português, inaugurado hoje no campus do Monte da Caparica, da Universidade de Nova de Lisboa, pede que desenhemos o i num iPad. Depois - ainda estamos a pensar se ficou bem assim -, Pedro Barquinha, investigador do centro Cenimat/I3N, passa a imagem para o computador, converte-a para o formato bitmap com a ajuda do paint (sim, do paint) e começa a nanofabricação. Num canto da sala há uma máquina que podia passar despercebida não fosse tratar-se do próprio laboratório, uma complexa fábrica de átomos feita de propósito para este centro de investigação, e único no mundo, certificou a Zeiss. Lá dentro, um feixe de iões incide num pedaço de papel com centímetros de área e centenas de fibras. São os iões que fazem o trabalho de "impressão", escavando a fibra escolhida até uma profundidade de 0,5 mícrones. Antecipámo-nos a Cavaco Silva, que hoje será, provavelmente, o primeiro presidente do mundo com uma assinatura à escala nano, e passámos a ser o primeiro jornal com o logótipo impresso num pedaço de papel encaixado num pequeno botão. Demorou pouco mais de dois minutos a ser feito e não se vê a olho nu.
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Notas do Papa Açordas: O governo português e, em especial o sr. Pinto de Sousa, não têm capacidade para avaliar a importância duma fábrica destas... Daí a cortar todos os apoios, vai um passo...
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