quinta-feira, 24 de julho de 2008

OS COLADORES DE CARTAZES

Recebido, por e-mail, de um leitor nosso, mobizado do (a extinguir) ministério da Agricultura:
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Julgava eu, infeliz cidadão, que de cidadão nada tenho, porque não tenho dinheiro, nem poder, nem estou inscrito em nenhum partido político, porque não faço parte de nehum grupo de influência ou meditação, que o país era como um bom pai, daqueles que tem regras, que as implementam e que os filhos, contas feitas, são todos iguais, excepto alguns que por razões particulares e diversas, queiram ser diferentes, mas isso é lá com eles...
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Julgava dizia eu, sobre tudo aquilo que aqui quiz demonstrar que penso, bem ou mal, mas penso, que um país que fez cair uma ditadura de quase meio século, tinha estofo suficiente (político e racional) para poder chegar a uma conclusão perfeita e como disse (escrevi) que numa atitude paternal, não daqueles paternalismos chorosos mas racionais, pudesse considerar todos os cidadãos iguais, com direitos e deveres iguais, no nascer, no viver e no morrer com um caminho de oportunidades iguais (a última parte está por ela definida e aqui não há racionalismo que possa arranjar a maneira de um morto estar menos morto, porque se está morto, está morto e pronto!). mas, nas outras duas antecedentes caminhadas, poderá haver sempre o princípio de libertação do homem e da mulher, para poderem ser de facto iguais nesta longa mas curta caminhada.
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Aqui, neste Alentejo profundo, onde o mar se chama Alqueva, uma esperança agrícola que vai ser transformada em campos de golfe quando a fome transborda por tudo quanto é sítio, consegui ler a nota do dia do jornal nacional do Alentejo (Diário do Sul) onde me pareceu que tinha nascido ali um pouco mais (eu digo mais) de luz e foi dado fazer transparecer que hoje o poder e os lugares, são de facto atríbuidos ao grupo que colar mais cartazes, parabéns a quem escreveu aquele dignissimo texto.
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Dele nasceu a minha inspiração para poder falar sobre o Ministério da Agricultura e Pescas bem como da Direcção Regional cá do Aquém Tejo, que seguiu a regra do sim Senhor MInistro "vamos escolhê-los e prantá-los na rua" foi o grande trabalho que até hoje, se pode reconhecer como feito desde que este grupo ministerial e seus adjuntos, entraram para o poder. Fizeram, de facto fizeram, mas parabéns porque mais mal feito jamais alguém conseguiria.
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E ao que se deve tudo isto? a uma escolha de gente coladores de cartazes e candidatos ao mesmo, que desde Guterres agarraram o comboio da "Silampos" e das panelas de pressão "Rei" que não olham a meios para atingir os fins, afinal onde andavam eles há uns anos atrás?
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Julgava eu, infeliz adepto da inconsciência, que o que qualquer Ministério deveria fazer era colocar os seus funcionários a trabalhar num sistema de produção e produtividade e não colocá-los no marasmo daquilo a que eles (os supremos sabedores) designam de mobilidade.Mas não, os cabeças pensantes, colocaram de facto, muitos bons trabalhadores na rua e estão a levá-los a cair na miséria económica ao mesmo tempo que se confirma que os pinheiros, os sobreiros e as videiras estão a entrar num processo de morte lenta mas certamente arruinadora para a economia nacional e dos próprios agricultores, sejam eles de extrema esquerda ou de extrema direita, mas isso é competência do senhor Ministro, ele é que os conhece e por isso os "classifica".
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Mas, temos agora oportunidade de perguntar ao senhor Ministro da Agricultura, quando a fonte vinícola, corticeira e madeireira estão a definhar-se e a fazer cair por terra pilares economicos seculares, vai continuar a manter técnicos competentes na mobilidade? outros sentados à secretária de um gabinete à espera de mormas? vai manter no poder uma espécie de tribo que apenas são nomeados por influjência de um Director também nomeado e que mais não fizeram que escolher erradamente e por critérios pouco criteriosos, pessoas para a masmorra da miséria?
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Vai manter as comissões devoradoras do pé de meia público em funções? uma espécie de guardadores dos mobilizados? afinal de onde é que eles vieram?
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Por último, senhor Ministro da Agricultura, diga-nos uma coisa, uma última coisa para nós percebermos em que país vivemos.Uns determinados técnicos (as desculpas aos que merecem) terão competências legais para dar pareceres e fazer despachos depois de passar o tempo legal da sua nomeação provisória sem terem ido a concurso?
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E agora estes FATOS TALHADOS a que chamam de concursos, vão mesmo para eles? não seria melhor pedir uma auditoria sobre este processo? ou vai deixá-los meter o "gado no curral" com ou sem chicote, como por aí se diz?
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À saúde dos sobreiros, das videiras e dos pinheiros, aqui do Alqueva Espanhol, onde já não há oliveiras galegas, o desejo de um bom trabalho mas cuidado com as tempestades.
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José vasconcelos.
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1 comentário:

Anónimo disse...

Tenho esperança que um dia, não muito distante, esta gente ainda seja chamada à responsabilidade pelo que tem feito no Ministério da Agricultura. Não desistam!
Mancha Negra