sábado, 19 de julho de 2008

LUZ: Deco recua e reprova incobráveis partilhados por consumidores

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Revisão trimestral é «demasiado drástica»
Associação queixam-se que ainda há muita falta de informação
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Um mês depois de colocada em consulta pública a revisão regulamentar do sector eléctrico, a Deco altera a sua postura quanto ao pagamento das dívidas incobráveis pelos consumidores. Na altura, a Associação de Defesa do Consumidor tinha-se mostrado a favor, desde que fosse em regime de partilha com as empresas, mas pretendia apurar a natureza e o valor total. Agora, a posição é oficial.
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A partilha do risco de cobrança pelos consumidores é inaceitável. É um sinal errado dado aos consumidores e leva à diminuição do incentivo à empresa para cobrar», afirmou o secretário-geral da Deco, Jorge Morgado, na audição pública que culmina este processo.
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Igual opinião manifestaram outras associações representativas dos consumidores como a Federação Nacional das Cooperativas de Consumidores (Fenacoop) e a Direcção-Geral do Consumidor (DGC).
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Quanto à proposta de revisão trimestral dos preços da luz, a Deco manifesta-se agora contra e propõe-se sim uma periodicidade semestral.
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«É uma mudança demasiado drástica para os hábitos das famílias. Com a revisão semestral os portugueses poupam dinheiro, mas é preciso que tenha intervalos máximos de variação e que venha acompanhado por uma campanha explicativa», adiantou Jorge Morgado.
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Relativamente à tarifa tri-horária, que também está em cima da mesa, a associação aponta que há falta de elementos sobre os seus efeitos e realça que ainda é preciso incentivar a bi-horária.
Esta é uma queixa comum às três associações, que alegam que os consumidores continuam pouco informados sobre o que pagam e o que tipo de tarifa lhes é mais conveniente.
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Até ao final deste mês de Julho, é esperado que o conselho tarifário da Entidade Reguladora dos Serviços Energéticos decida a favor ou contra todas as propostas que fazem parte da alteração da regulamentação do sector eléctrico. (Agência Financeira)
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Notas do Papa Açordas: A DECO começou por aprovar a jogada da EDP, ao fazer reverter para os consumidores pagantes as dívidas dos consumidores não pagantes. Palavra de honra que não compreendemos esta atitude da Deco, mas ainda bem que mudou de opinião, defendendo agora a posição dos consumidores. Pela mesma ordem de ideias, qualquer dia tinhamos o nosso banco a cobrar-nos o mal-parado...
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