sexta-feira, 9 de maio de 2008

Portugueses pagam como se fossem ricos e recebem como pobres


Portugueses pagam como se fossem ricos
Alimentação, transportes, combustíveis, impostos, tudo é mais caro em Portugal.
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São preocupações que vêm de longe, que fazem parte da história, mas que continuam tão actuais como sempre. Os dados que se seguem são de 2005. O salário médio em Portugal não chega a 960 euros, já aqui ao lado, em Espanha é quase 1500 euros. A diferença é ainda maior se compararmos com o salário médio de um francês que ao fim do mês leva para casa quase 2200 euros e um alemão ganha bastante mais, quase 3 mil euros, o que equivale a mais de três vezes o salário médio de um português.
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São pontos de partida muito diferentes, todos os meses, em que as idas ao supermercado são muitas. Compusemos um cabaz de compras: um quilo de arroz, uma Coca-Cola de litro, 12 ovos, um litro de leite, um quilo de carne de vaca, um quilo de laranjas, um quilo de cebolas, quilo de batatas, uma caixa de cereais e um pacote e manteiga.
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Em Portugal o cabaz custa 22 euros. Em Espanha é apenas oito euros mais caro, na Alemanha a conta sobe para os 43 euros e um francês paga 46 euros pelos mesmos produtos. Em França o preço de venda ao público é de 13 470 euros. Em Espanha é um pouco mais caro, Na Alemanha 14 50 euros e em Portugal é muito mais caro, quase 15 mil euros. A culpa é dos impostos que no caso português acrescentam mais de 5 mil euros ao preço final.
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Em Dezembro de 2007, o litro de gasóleo custava menos de um euro e dez cêntimos em Espanha. Em Portugal custava mais de um euro e vinte, quase o mesmo que em França. Na Alemanha o litro era pago a mais de um euro e vinte e oito cêntimos. Por cá no último ano o preço do gasóleo aumentou 20 por cento, mas por cada litro abastecido o estado arrecada quase 70 por cento em impostos. E por causa do preço do petróleo que não pára de bater novos recordes, todas as formas de energia encarecem.
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A electricidade é mais uma despesa fixa. Quem paga a factura mais baixa por kwh são os franceses. De seguida os espanhóis. Portugueses e alemães são quem paga a electricidade mais cara.
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Com o gás natural a ordem é exactamente a mesma. O francês paga menos, depois o espanhol, de seguida o português e por fim o alemão, o tal que ganha três vezes mais do que o português.
Está bom de ver que para um trabalhador português que ganha o salário médio, não é fácil a gestão mensal do magro orçamento. Entre as despesas básicas e os impostos, a classe média portuguesa vive cada vez mais esmagada. (TVI)
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Notas do Papa Açordas: Sócrates não quis referendar o pseudo Tratado Europeu por isto mesmo, teve medo que os portugueses mostrassem o que pensam da Europa, pois pagam como se fossem europeus e recebem como de um país do terceiro mundo...

2 comentários:

Pata Negra disse...

Eu diria, salvaguardadas as distâncias, que continuamos cinzentos, pacatos, salazarentos, governados pelos filhos dos ministros do outro tempo.
Estamos a ser asfixiados pela corja.
Um abraço anti-regime

fa_or disse...

Não sei para onde caminhamos...