Entre 200 e 300 pessoas, segundo contas do PÚBLICO, boa parte deles reformados, compareceram à chamada para a manifestação à porta do Palácio de Belém, em Lisboa. Foi um protesto simbólico contra as declarações do Presidente da República a propósito das suas reformas.
Através do Facebook, que tem sido uma das plataformas a dar a maior visibilidade ao coro de protestos que se levantou a seguir, foi posta a circular um apelo de mobilização para esta terça-feira. Palavra de ordem: "Traz uma moeda pró Cavaco". Ao fim de uma hora de flash mob, que começou cerca das 17h30 e terminou 60 minutos depois, a organização tinha angariado um pacote de cereais e outro de leite, um pão, um cigarro, um pacote de arroz e moedas.
A organização tentou depois entregar estes bens na Presidência, mas foram impedidos de avançar, tendo em conta que o nível de segurança tinha sido elevado por causa da visita do presidente do Governo espanhol, Mariano Rajoy. Porém, Paulo Querido, um dos organizadores desta iniciativa, garantiu em declarações aos jornalistas que iriam acabar por entregar aqueles bens aos serviços da Presidência.
Esta iniciativa foi convocada na segunda-feira como uma flash mob. A adesão não atingiu os níveis de contestação que se tem ouvido pelo país, depois de Cavaco Silva ter dito, na sexta-feira, que a pensão que recebe da Caixa Geral de Aposentações (1300 euros) não daria provavelmente para pagar as despesas.
"Neste momento já sei quanto é que irei receber da Caixa Geral de Aposentações. Descontei quase 40 anos uma parte do meu salários para a CGA como professor universitário e também descontei durante alguns 30 anos como investigador da Fundação Calouste Gulbenkian e devo receber 1300 por mês, não sei se ouviu bem 1300 euros por mês”, disse Cavaco, de visita ao Porto, na sexta-feira, olhando o jornalista. “Tudo somado, o que irei receber do Fundo de Pensões do Banco de Portugal e da Caixa Geral de Aposentações quase de certeza que não vai chegar para pagar as minhas despesas porque como sabe eu também não recebo vencimento como Presidente da República”.
Notas do Papa Açordas: Ñunca pensei que estas cenas se pudessem passar em Portugal. Absolutamente degradante para a imagem internacional do Presidente da República... Como se diz na minha terra, Cavaco Silva Silva pode limpar as mãos à parede e entregar o seu pedido de demissão...
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