quarta-feira, 25 de janeiro de 2012

Ministra admite que em Portugal ainda há uma justiça para ricos e uma para pobres

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A ministra da Justiça, Paula Teixeira da Cruz, admitiu hoje que Portugal ainda tem uma justiça para ricos e uma para pobres, defendendo, no entanto, que “há um fim de estado de impunidade que se pré-anuncia”.
Durante o debate do Clube dos Pensadores, que terça-feira decorreu em Gaia, a ministra da Justiça foi questionada pelo público sobre se, em Portugal, há uma justiça para ricos e uma justiça para pobres.
“Neste momento em Portugal há uma justiça para ricos e uma justiça para pobres a partir do momento em que se alguém tiver meios pode eternizar um processo, indo de recurso em recurso, suscitando uma série de incidentes e quem não tem esses meios não o pode fazer”, respondeu.
Paula Teixeira da Cruz, que começou o debate por fazer uma apresentação das medidas e trabalho do Governo no setor, sublinhou que aquilo que expôs “vai exatamente no sentido de pôr um fim a isso”.
“Se a pergunta clara é: temos uma justiça para ricos e para pobres? É verdade que ainda temos mas vamos caminhando no sentido de cada vez mais isso deixar de ser assim. Permitam-me que vos diga que começamos a ver detidos, presos que há 20 anos pensávamos impossível e, portanto, também é bom que se sublinhe os poucos passos que apesar de tudo se deram”, explicitou.
Segundo a ministra da tutela “era impensável ver algumas pessoas da sociedade portuguesa, a vários títulos, acusadas, outras presas, outras condenadas e, portanto, há um fim de estado de impunidade que se pré-anuncia”.

Notas do Papa Açordas: É muito positivo ver um governante reconhecer um facto que, desde há muito tempo, escandaliza a sociedade portuguesa. Na realidade, é triste verificar como os ricos se "safam" da chamada "Justiça", em relação aos pobres...

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