sexta-feira, 27 de janeiro de 2012

Carvalho da Silva. Acordo de concertação social revela "impulso suicidário"

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- "O acordo de concertação social não é lei, não pode e não vai se prática e vamos agir", prometeu hoje no congresso da CGPT, Manuel Carvalho da Silva. Num discurso empolgado, acolhido por repetidos "A luta continua" gritados pelos delegados sindicais, Manuel Carvalho da Silva despediu-se da liderança da Intersindical.

Ainda sobre o acordo tripartido, Carvalho da Silva frisou que este merece repulsa, acrecentando, numa alusão à UGT, que "uma organização sindical não pode nunca apoiar um acordo destes", nunca "sanccionar medidas que vão contra os trabalhadores e o povo". E alertou para um patronato "insaciável", que "depois de um acordo assinado desencadeia ataque para outro", adiantando que prova disto é que "um elemento da troika veio ressuscitar" a questão da TSU.

Defendendo "o trabalho com direitos" e a "dignificação dos trabalhadores", Carvalho da Silva sublinhou que essas conquistas estão a ser postas em causa e sublinhou que a CGTP estará empenhada neste combate, ressalvando que entra agora na central uma nova geração que vem dar novo contributo à central. A renovação imposta pelo novo regulamento (que impede a eleição de dirigentes que cheguem à idade de reforma durante o mandato) implica a saída de Carvalho da Silva e de 1/3 dos históricos da maior central sindical portuguesa. Aplaudido de pé, Carvalho da Silva terminou com votos de êxito na luta que a CGTP se propõe.

Notas do Papa Açordas: Há muito que o PCP tentava substituir Carvalho da Silva por um militante mais ortodoxo. Salienta-se que Carvalho da Silva, desde que tirou o doutoramento, sempre disse que iria sair nesta altura, para prosseguir uma vida mais académica.

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