Os juros exigidos pelos investidores para comprarem dívida portuguesa estão hoje a bater máximos históricos a cinco e dez anos, negociando quase a 20 e a 15 por cento, os mesmos valores exigidos à Grécia há cerca de seis meses.
Em agosto de 2011, os juros pedidos pelos investidores para negociarem dívida pública grega estavam no ponto em que Portugal está hoje, fazendo adensar as preocupações dos investidores. Hoje mesmo, em entrevista à agência Lusa, o economista Paulo Trigo Pereira afirmou que Portugal deverá mesmo ter de fazer uma reestruturação da sua dívida soberana, explicando que os seus próprios cálculos apontam para uma dívida pública na ordem dos 116 por cento face ao Produto Interno Bruto em 2015, e que só a partir dessa altura se poderá começar a reduzir esse rácio, e isto tendo em consideração que Portugal estaria a cumprir o programa da 'troika'.
Pelas 12:43 de Lisboa, os juros negociados no mercado secundário a cinco anos disparavam para os 19,583 por cento, a dez anos tocavam os 14,864 por cento e a dois anos situavam-se nos 16,114 por cento, segundo dados da agência de informação financeira Bloomberg, que revelam que a trajetória portuguesa está a distanciar-se da espanhola, por exemplo, que hoje registava o nível de juros mais favorável de sempre nos prazos de dois e a cinco anos.
No dia anterior, à mesma hora, os juros pagos na maturidade dos cinco anos situavam-se nos 19,461 por cento, nos dez anos transaccionavam-se nos 14,802 por cento e no prazo mais longo nos 16,093 por cento.
Notas do Papa Açordas: Apesar de toda a austeridade que o sr. Passos Coelho nos tem aplicado, o país caminha para ser una nova Grécia... mais desemprego, mais falências, mais fome, mais insegurança, mais crimes... Não tarda, que os juros alcancem os 50 %...
--
Sem comentários:
Enviar um comentário