sábado, 7 de janeiro de 2012

Farmácias suspendem a partir de segunda-feira crédito ao Governo regional da Madeira

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As farmácias suspendem, a partir de segunda-feira, o crédito ao Governo da Região Autónoma da Madeira, pelo que os utentes do serviço regional de Saúde (SESARAM) terão de pagar na totalidade os medicamentos comparticipados.

“As farmácias aguardaram até ao limite das suas possibilidades. Aguardaram que lhes fosse efectuado hoje (sexta-feira) um pagamento, que permitisse retomar o plano para regularização da dívida em oito anos. Esse pagamento não foi efectuado, nem foi dada qualquer explicação”, justifica a Associação Nacional de Farmácias (ANF) em comunicado emitido depois da meia-noite.

Com a suspensão do crédito, os beneficiários do SESARAM terão, a partir do dia 9, de solicitar directamente ao Governo Regional a comparticipação no preço dos medicamentos, que até agora era logo descontada pelas farmácias no acto de compra. Ao prever esta decisão da ANF, muitos madeirenses afluíram às farmácias nos últimos dias, precavendo-se com os fármacos necessários para os próximos tempos.

As farmácias, frisa o comunicado da ANF, “são as primeiras a lamentar esta situação e esperam que o Governo Regional retome o plano de pagamentos acordado, que lhes permita cumprir com o sistema financeiro e, por essa via, pôr fim a esta situação que prejudica a população da Madeira e as farmácias”.

O executivo madeirense, recorda a associação, deve às farmácias as comparticipações no preço dos medicamentos desde Setembro de 2009, no valor de 77 milhões de euros. “A sobrevivência das farmácias depende desse pagamento, porque 80% da sua receita é constituída pelo valor das comparticipações”, acrescenta o comunicado. Assim, conclui, “o financiamento bancário deste atraso é impossível, porque o Governo Regional não cumpre os seus compromissos e a dívida continua a crescer”.

Notas do Papa Açordas: É uma boa oportunidade para os madeirenses descobrirem, finalmente, a "peça" que têm a liderar o governo regional... Bastava não ter feito uma das suas obras sumptuárias, para saldar a conta às farmácias...

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