Cerca de 6500 pessoas já assinaram a petição online que pede a demissão do Presidente da República, considerando que perante a "falta de senso e respeito" das declarações sobre as suas pensões não reúne condições para representar os portugueses.
Lançada no sábado por Nuno Luís Marreiros, a petição online "Pedido de demissão do Presidente da República" tinha 3979 assinaturas às 18h30 desta segunda-feira. Às 21h15, o número de assinaturas já tinha subido para as 6500. Um aumento de cerca de 2500 nomes em apenas 2h45.
No texto da petição, são recordadas as declarações do chefe de Estado na sexta-feira, quando Cavaco Silva afirmou que aquilo que vai receber como reforma "quase de certeza que não vai chegar para pagar" as suas despesas.
"Estas declarações estão a inundar de estupefacção e incredulidade uma população que viu o mesmo Presidente promulgar um Orçamento de Estado que elimina o 13.º e 14.º meses para os reformados com rendimento mensal de 600 euros", lê-se no texto da petição.
Perante "tão grande falta de senso e de respeito para com a População Portuguesa", é ainda referido na petição, o Presidente da República "não reúne mais condições nem pode perante tais declarações continuar a representar a população Portuguesa".
"Peso isto bem como o medíocre desempenho do senhor Presidente da República face à sua diminuta intervenção nos assuntos fundamentais e fracturantes da sociedade portuguesa, os cidadãos abaixo assinados vêm por este modo transmitir que não se sentem representados, nem para tal reconhecem autoridade ao senhor Aníbal António Cavaco Silva e pedem a sua imediata demissão do cargo de Presidente da República Portuguesa", é ainda referido.
Contactado pela Lusa, o primeiro signatário da petição, Nuno Luís Marreiros, explicou que escreveu o texto no sábado de manhã, depois de decidir que em vez de se "resignar" e "comentar só com os amigos", desta vez deveria "ter outro tipo de atitude".
Notas do Papa Açordas: Se ainda não subscreveu esta petição aproveite agora. É necessário mostrar ao sr. Cavaco, a repugnância dos portugueses por tão sórdidas palavras. Mais uma vez, mostrou que não se encontra à altura para ocupar tão importante cargo.
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