segunda-feira, 23 de janeiro de 2012

Sindicato dos Transportes em ruptura com decisões da UGT

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SITRA rejeita compromisso para o Crescimento, a Competitividade e o Emprego assinado por João Proença

Os dois dirigentes máximos do SITRA (Sindicato dos Trabalhadores dos Transportes) votaram contra o documento tripartido assinado na semana passada pela UGT, pelo patronato e pelo governo na concertação social. Os trabalhadores sindicalizados do sector têm-se manifestado também contra o mesmo acordo, criticando medidas como o banco de horas e a redução para metade do pagamento das horas extraordinárias. Falam até em suspender a participação do seu sindicato nos órgãos da UGT até ao final do mandato do secretário-geral, João Proença.

Domingos Barão Paulino, presidente do SITRA, salienta que os trabalhadores dos transportes, nomeadamente os motoristas, “só recebem entre 500 a 600 euros de base e dependem do trabalho suplementar para compor o seu salário”. Com este acordo é retirado 20% do salário e a mesma fonte afirma que não acredita que “os patrões passem a ser mais compreensivos, pois ficam a ganhar com as medidas”. E acrescenta que “o sector dos transportes já está habituado a ser vítima deste tipo de acordos”. Para já, o SITRA vai esperar pelos níveis de adesão à greve de 2 de Fevereiro, decidida já depois da assinatura do acordo, para ver quais serão as reacções à mesma. E só depois se pronunciará. Domingos Paulino diz que “a situação se encontra atenuada porque o governo não foi tão longe com os cortes como tinha dito que iria”.

Notas do Papa Açordas: Oxalá os dirigentes dos outros sindicatos da UGT sigam o exemplo do SITRA e tornem pública a sua oposição a tal documento...


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