quinta-feira, 5 de janeiro de 2012

Entretenimento de "mau gosto" está a desaparecer velozmente da televisão chinesa

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A campanha do Governo chinês para reduzir os programas de entretenimento na televisão foi um êxito e foram já reduzidos em dois terços, noticiou a agência oficial Xinhua.

Os canais televisivos estavam com "excesso de entretenimento" no prime time; se há três meses havia 126 programas deste tipo, agora há 38, refere um comunicado da SARFT, a entidade reguladora para a rádio, cinema e televisão, citado pela agência.

As autoridades chinesas lançaram em Outubro, depois de uma reunião do Comité Central do Partido Comunista (PCC), uma campanha contra programas de revelação de talentos, ou à volta de "histórias emotivas" e de "mau gosto". Em vez disso, as televisões foram incentivadas a transmitir programas que "promovam as virtudes tradicionais e os valores fundamentais socialistas", adiantou a Xinhua.

Nesse encontro partidário, o Presidente Hu Jintao fez um discurso cujos excertos foram publicados agora, no dia 1 de Janeiro, pelo principal jornal teórico do PCC, Qiushi (Procurando a Verdade). Hu avisa que o país tem de promover a cultura chinesa contra a "ocidentalização" introduzida por forças hostis, refere a tradução da Reuters. "Temos de estar cientes de que forças inimigas internacionais estão a acelerar os seus golpes estratégicos para ocidentalizar e dividir o nosso país", afirmou. "Os campos de pensamento e cultura são sectores importantes que estão a ser usados para esta infiltração a longo prazo. Temos de reconhecer claramente a seriedade e dificuldade desta luta, fazer soar o alarme... e tomar medidas eficazes para a combater".

O Wall Street Journal chamou ao projecto "a nova revolução cultural". "Não será tão destrutiva como a original, em que Mao Tsetung pôs a China de joelhos no final de década de 1960 e inícios de 1970. Mas o seu sucessor Hu Jintao lançou outra campanha de rectificação cultural com objectivos que Mao reconheceria: criar uma luta ideológica e lutar contra as invasões ocidentais".

Notas do Papa Açordas: O espírito de Mao ainda impera, não nos povos da China, mas em toda a NOMENKLATURA do PC Chinês. Só é pena que possam transmitir essas ideias políticas ao PC (leia-se PASSOS COELHO) português...

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