Um PS regional, claramente desmobilizado e fragilizado pela confrontação popular sobre a perversidade das políticas nacionais e o gritante desprezo pelos problemas específicos do Algarve, prepara-se para não ser capaz de dar respostas às contradições latentes e deixar correr a reeleição do actual presidente da Federação.
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A Federação no seu sentido lato, comandada pelo ponta-de-lança Miguel Freitas (vamos manter o esteriótipo), não se sente minimamente incomodada com as sucessivas derrotas eleitorais, perdendo Câmaras importantes, destroçando deputados em derrotas humilhantes, matando politicamente ex-presidentes e reduzindo para metade o número de deputados à AR, como fecha os olhos às promessas adiadas pelo Governo e partilha subserviente, com o estilo de fazer política que emana de Lisboa.
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O que resta do PS regional, à semelhança do nacional, vive embriagado pela figura do chefe, ampara-lhe as manobras políticas, lava-lhe as feridas das acusações, oferece o ombro para as lágrimas do crescente isolamento do Governo e dá-lhe o calor da fraternidade, que é rejeitada por mais de 600 mil desempregados, mais de dois milhões de pobres e 3 ou 4 milhões de endividados, tal como o Estado que gerem na volúptia.
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Miguel Freitas, que conhece o terreno que pisa, pois foi ele que fez a distribuição de cargos e favores, adiantou-se na marcação do terreno para silenciar os cochichos e as veleidades, animado do mesmo espírito que caracteriza José Sócrates, de que o mundo gira à volta deles.
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A sua recandidatura para um terceiro mandato, definiu o propósito “de combater o alheamento (afinal existe nas fileiras) e as posições adquiridas (as tais que distribuiu), não se percebendo o fundo político a não ser que se remeta a um aviso aos beneficiados”.Na sua auto-apelidação de corajoso e possivelmente cada vez mais só, como o chefe a quem ninguém ousa contestar, tais são os tons autoritários e os conceitos de terem tudo sob controlo, Miguel Freitas, diz nas suas considerações de candidato, “que o Algarve tem uma voz respeitada a nível nacional” que, nós julgamos só poderá ser a dele, levando em conta a maneira como se contorce para explicar a falta da segunda pedra no Hospital Regional, o atraso das obras na EN 125, as portagens na única estrada que temos e não é SCUT e a falta de um plano de desenvolvimento específico para a região que, simultaneamente, introduza outro tipo de paradigma e apoios para o Turismo e esbata a sua dependência desta actividade.
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Amanhã, sexta-feira, o banquete dito socialista, numa cópia local do Pontal mas que se chama só Pontinha, confirmará a efusividade para o cargo e a incapacidade das fileiras de gerarem alternativas, até que a derrota nacional que se vem configurando, obrigue aos reajustamentos das estratégias para retomar a condução do longo caminho para o engano do povo português e apenas numa inversão de papéis, se esse mesmo povo o vier a consentir, com o seu parceiro de políticas oportunistas e destruidoras da riqueza nacional.
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Amanhã, o balão, vai voltar a receber ar…, para que fins? Claramente, será para se manterem à tona de água…
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Luis Alexandre (A Defesa de Faro)
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