Livro e declarações ao "Expresso" terão motivado saída da representação portuguesa na UNESCO
-"Soube da notícia da demissão pela imprensa, pelos meios de comunicação social. E não quero fazer mais comentários sobre esse assunto", disse Manuel Maria Carrilho ao i, pouco depois de avançada a notícia nos media nacionais. O Ministério dos Negócios Estrangeiros demitiu o antigo ministro da Cultura do cargo de Embaixador de Portugal na UNESCO, lugar que Manuel Maria Carrilho ocupava desde Abril de 2008. A decisão foi justificada com a normal "rotação da representação diplomática", apesar de reflectir precocidade, uma vez que este tipo de cargos alteram-se normalmente a cada três a quatro, podendo prolongar-se (como é o caso de Eduardo Ferro Rodrigues, representante de Portugal na OCDE, em Paris, há seis anos).
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Apesar de não confirmar que a decisão tenha surgido na sequência da entrevista ao jornal "Expresso" e da publicação do livro "E agora? Por uma nova República" (ver caixa), Manuel Maria Carrilho diz que "a decisão não o surpreende". Acrescentando que a nomeação e a rotação de cargos diplomáticos tem como base a "confiança política". Já a Sextante Editora, responsável pela edição do livro em que Carrilho critica o estado da política portuguesa, afirma que a demissão do escritor e professor universitário foi camuflada com a "justificação por rotação diplomática" e que esta se deve à publicação do livro e a declarações, que terão "causado alguma insatisfação" nos decisores diplomáticos.
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"Dadas as funções que exerço não entro nos domínios da governação. Mas há problemas estruturais sobre os quais tenho ideias que sinto obrigação de expor. Até porque há muita tagarelice, mas pouco debate de ideias", disse Carrilho, em entrevista ao "Expresso" de 18 de Setembro, referindo ainda a necessidade de uma "reforma diplomática". O ex-ministro da Cultura assegurou ao semanário ter enviado ao primeiro-ministro "propostas no sentido de adequar melhor os meios que temos aos objectivos e às responsabilidades de Portugal no mundo".
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Notas do Papa Açordas: O sr. Sócrates está de cabeça perdida!... e está mais preocupado porque a maior contestação está dentro do partido... Agora foi Manuel Maria Carrilho, quem virá depois? "Rotação da representação diplomática"? Deixem-me dar uma enorme gargalhada, ah, ah, ah, ah,!...
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