Conferência Internacional "Ciganos no Século XXI"
Portugal sofre de "ciganofobia", mais de 80% da população tem atitudes racistas contra ciganos
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Portugal sofre de “ciganofobia” e mais de 80 por cento da população tem comportamentos racistas contra os ciganos, defendeu o antropólogo José Pereira Bastos, para quem não há ninguém em Portugal que se interesse por estas pessoas.
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Portugal sofre de “ciganofobia” e mais de 80 por cento da população tem comportamentos racistas contra os ciganos, defendeu o antropólogo José Pereira Bastos, para quem não há ninguém em Portugal que se interesse por estas pessoas.
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Em declarações à Agência Lusa, a propósito do arranque da Conferência Internacional “Ciganos no Século XXI”, que decorre entre hoje e sexta-feira, em Lisboa, da qual é organizador científico, José Pereira Bastos defendeu que “o propósito de extermínio [dos ciganos] sempre foi muito claro” em toda a Europa.
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“Num sítio onde os antropólogos, os cientistas sociais, os padres, os comunistas, os católicos, os juristas não querem saber, a polícia tem mão livre para lhes bater, para lhes deitar abaixo as barracas, para os forçar a serem nómadas”, criticou o antropólogo.
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Pereira Bastos diz não ver qualquer governo ou partido que toque no assunto e atira que “não há ninguém que se interesse porque em Portugal a ciganofobia atinge a esfera dos 80 por cento”.
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A base das suas críticas está num trabalho de campo que realizou em 2005 para a Câmara Municipal de Sintra, com o objectivo de estudar os ciganos do concelho.
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Durante mais de um ano, José Pereira Bastos e uma equipa de mais três elementos visitaram, casa a casa, 150 famílias e falaram com 602 pessoas ciganas.
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Das entrevistas a todos os funcionários da autarquia resultaram dois perfis distintos: “80 por cento diziam que os ciganos são primitivos, vivem como galinhas do mato, não aguentam um teto, deveriam ser abandonados ao direito de andarem por aí (...), são mentirosos, agressivos, sujos, perigosos e tudo isto desemboca na teoria de que eles têm de ser tratados a mal, têm de ser cidadãos como os outros e a polícia tem de os pôr na ordem”, apontou.
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Notas do Papa Açordas: O sr. antropólogo que viva uns meses entre ciganos, se possível, na Quinta da Fonte... Há 25 anos a Câmara de Olhão atribuiu uns apartamentos a essa gente e jurou para nunca mais. Pois os ciganos levavam os burros para os apartamentos, venderam os móveis das cozinhas e faziam fogueiras com os tacos do chão dos quartos... Querem melhor?
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1 comentário:
Vem-me dos tempos de criança: pavor!
Um abraço pela miscenização (não deve ser assim que se escreve mas tb não me apetece ir verificar) de todos os povos
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