Medicamentos
Laboratórios vão cobrar juros aos hospitais por atraso nos pagamentos
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Os hospitais públicos vão ser obrigados a pagar juros de oito por cento pelo atraso com que pagam os medicamentos, disse uma fonte oficial da Associação Portuguesa da Indústria Farmacêutica (Apifarma).
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Laboratórios vão cobrar juros aos hospitais por atraso nos pagamentos
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Os hospitais públicos vão ser obrigados a pagar juros de oito por cento pelo atraso com que pagam os medicamentos, disse uma fonte oficial da Associação Portuguesa da Indústria Farmacêutica (Apifarma).
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A decisão foi tomada por unanimidade na assembleia geral da Apifarma, que terminou ontem à noite, e obriga, face aos últimos valores em dívida, ao pagamento de cerca de 50 milhões de euros para compensar os 551 milhões que os hospitais devem às farmacêuticas há mais de 90 dias, num total que ultrapassava, em Maio, os 850 milhões. "Os associados da Apifarma mandataram a direcção para avançar com a cobrança de juros. Esta decisão, inédita no sector, tem como objectivo assegurar os meios financeiros necessários à viabilidade das empresas", sublinhou a mesma fonte.
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Em causa está o atraso com que os hospitais saldam as dívidas aos fornecedores de medicamentos que, por não cobrarem juros, são geralmente os últimos a receber, sendo frequentes os casos em que os hospitais já não têm verbas para saldar estas dívidas, como demonstrou um recente relatório do Tribunal de Contas sobre o financiamento dos hospitais. Em Maio, o prazo médio de pagamento estava nos 331 dias, ou seja, cerca de 11 meses. “Contrariamente ao que afirma o Governo, o prazo médio de pagamentos à indústria farmacêutica atingiu em Maio os 331 dias, uma situação incomportável para as empresas do sector”, diz a Apifarma.
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As contas do Governo, porém, mostram um prazo que ronda os 120 dias, mas neste valor está o total dos pagamentos aos fornecedores, e não apenas a indústria farmacêutica.
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A direcção da Apifarma argumenta, por outro lado, que as medidas tomadas desde 2005 originaram prejuízos que ultrapassam os 650 milhões de euros, dando como exemplos as duas descidas de preços de 6 por cento para todos os medicamentos, durante dois dos anos em que António Correia de Campos foi ministro da Saúde, e, mais recentemente, a descida das margens de comercialização dos medicamentos, decidida pela actual ministra, Ana Jorge.
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Notas do Papa Açordas: Já todos nós sabemos que o Estado é um mau pagador, mas os Hospitais abusam... Se um particular, quando pretende protelar no tempo um determinado pagamento, tem de pagar juro, não é de estranhar que os Hospitais também o tenham... É como tudo, a primeira vez dói mais...
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