segunda-feira, 12 de julho de 2010

Caso Freeport. Afinal o Pinóquio era outro...

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Caso Freeport. O Pinóquio não era Sócrates
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Os eventuais crimes de corrupção para acto lícito já estão prescritos. As perícias concluíram que a alteração à Zona de Proteção Especial do Tejo e a aprovação do Freeport foram regulares
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Carlos Guerra, o antigo presidente do Instituto da Conservação da Natureza (ICN), que foi constituído arguido no âmbito do processo Freeport, afirmou nos autos que o "Pinóquio", mencionado em correspondência trocada entre Charles Smith e a sociedade Freeport PLC, é José Manuel Marques, antigo vice-presidente do ICN e consultor da Câmara Municipal de Alcochete - e também arguido no processo. Esta é uma das revelações que constam do relatório da Polícia Judiciária (PJ) do processo Freeport - investigação que durou seis anos - que foi entregue a 21 de Junho aos procuradores do Ministério Público que acompanham o caso.
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O i soube que Carlos Guerra afirmou num dos seus três depoimentos: "A referência a Pinóquio é-me familiar porquanto o Dr. Manuel Pedro várias vezes se referia ao Dr. José Manuel Marques como Pinóquio". José Manuel Marques nega saber quem é Pinóquio e, como é público, o autor da alcunha, Charles Smith, sempre afirmou que Pinóquio é qualquer pessoa pouco fiável e que usava o termo para se referir ao seu contabilista, José Ginja.
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Mas o processo pode já estar prescrito. Isto porque as perícias consideram que a aprovação do empreendimento de Alcochete foi inteiramente regular e que a alteração das regras da Zona de Protecção Especial do Estuário do Tejo (ZPE), para além de legítima, não teve qualquer interferência na aprovação do projecto. Assim, se houvesse crime, tratar-se-ia de "corrupção para acto lícito", e já estaria prescrito.
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Notas do Papa Açordas: Afinal, agora querem fazer crer que o Pinóquio era outro... mas, para nós, vítimas do sr. Sócrates, Pinóquio só há um: Sócrates e mais nenhum!...
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