sexta-feira, 9 de janeiro de 2009

Tribunal decidiu contra os interesses da criança

-
Criança está com o progenitor desde o início das férias de Natal
Caso Esmeralda: Tribunal confere guarda definitiva da menor ao pai biológico

-
O tribunal de Torres Novas conferiu hoje a guarda definitiva da menor Esmeralda Porto ao pai, Baltazar Nunes, fazendo cumprir uma decisão judicial de Julho de 2004 que já fora confirmada pelo Supremo Tribunal de Justiça, disse fonte judicial.
-
A juíza Mariana Caetano emitiu hoje um despacho com duas dezenas e meia de páginas, concedendo a guarda definitiva de Esmeralda Porto a Baltazar Nunes, com quem a menor estava a viver desde o início das férias do Natal.
-
Em resposta a um requerimento dos advogados de Baltazar Nunes, a juíza havia prolongado segunda-feira por mais uma semana a manutenção da criança à guarda do progenitor uma decisão que veio a ser agora confirmada, colocando fim ao impasse entre as partes quanto ao futuro da criança.
-
Estava prevista para hoje de manhã uma consulta da menor e do pai no Departamento de Pedo-psiquiatria do Hospital de Santarém, mas o tribunal cancelou esta consulta depois de os responsáveis daquele serviço se terem recusado a fazer a avaliação de Baltazar Nunes.
-
A recusa deve-se ao facto de o pai de Esmeralda ter criticado a actuação daquele departamento, pedindo para ser avaliado conjuntamente com a menor, o que nunca aconteceu.
-
No despacho de hoje, o tribunal ordenou que a menina passe a ser seguida pela pedo-psiquiatra Ana Vasconcelos, de Coimbra, que deverá apresentar uma proposta de acompanhamento da menor.
-
Nota do Papa Açordas: Fazendo jus às palavras do Director do Refúgio Aboim Ascenção, Dr. VilasBoas, pessoa muito conceituada na problemática da criança, julgamos que o tribunal de Torres Novas, não teve em conta o superior interesse de Esmeralda. Há uma coisa que temos a certeza: Esmeralda passou a ser uma criança em alto risco, correndo o risco de problemas psicológicos.
-

6 comentários:

PreDatado disse...

Nestas coisas nunca sabemos a verdade toda. Ouvimos versões de um lado e de outro. Eu, por exemplo, que tenho mais ou menos estado atento ao caso, não faço a mínima ideia de qual é a vontade da criança. Já alguém, em público, lhe ouviu algum depoimento?

Tiago R Cardoso disse...

Segundo a justiça, fez-se justiça.

espero sinceramente que os resultados sejam os melhore e que a criança sobreviva mentalmente a este choque.

Daniel Santos disse...

Fez-se tudo menos justiça.

Pata Negra disse...

A justiça é cega, por isso, bateu com os ouvidos contra um poste e, agora é surda! Cega e surda mas valia ser também muda!
Um abraço pelas crianças

Anónimo disse...

"avaliação psicológica em conjunto"?? Só pode ser no cinema, mas como já vivo dentro de um filme...só espero que acabe em bem para aquela que não tem culpa nenhuma

M

o que me vier à real gana disse...

Boa noite!

Plenamente de acordo, amigo campadre! O tribunal teve em conta o seu superior interesse, não o da criança. Então?..., vão ser atirados para um canto os sete anos de afecto dados por aquele casal àquela criança?!
Estudo Direito precisamente pq duvido da Justiça... dos homens!

Abraço