segunda-feira, 19 de outubro de 2009

Hoje é a frota pesqueira e, amanhã, o que será?...

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Portugal detém menos de seis por cento da capacidade de carga da UE
Frota pesqueira reduziu-se 20 por cento numa década

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Redução das quotas de captura, recuo do rendimento global gerado pela actividade, poderosos incentivos ao abate e um aumento da capacidade concorrencial dos produtos importados explicam esta redução.
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Segundo um estudo comparativo divulgado pela Comissão Europeia, Portugal tinha 10.808 embarcações de pesca licenciadas em 1999. Esse número reduziu-se para 8585 em 2008. No conjunto dos países que intregram a União a 27, houve também um recuo do número de barcos, mas a um ritmo muito inferior ao nacional - a rondar os 10 por cento.
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Com isto, a frota portuguesa passou a pesar praticamente 10 por cento da totalidade dos navios registados, no espaço comunitário, e é, segundo este indicador, a quarta maior entre os parceiros da União. No topo da lista estão a Grécia (20 por cento dos barcos registados), seguida da Itália (16) e da Espanha (13,1). A França (9,21 por cento) está quase ao mesmo nível de Portugal.
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Mas esta é apenas uma forma de olhar o perfil das frotas pesqueiras da União Europeia. Um outro, e provavelmente mais importante, é o da arqueação (capacidade de carga dos navios) em que cada país assenta o seu potencial de extracção de peixe. E aí, Portugal fica menos bem na fotografia. Os dados da Comissão mostram que Portugal assumia, em 2008, uma arqueação bruta de 106,5 mil GT (medida internacional para medir a capacidade dos navios). Apenas 5,8 por cento do total da Europa. Ou seja, cada navio português tinha em média uma capacidade de carga de 12,4 GT, pouco mais de metade do que é a média apurada para a frota europeia como um todo.
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Notas do Papa Açordas: O governo português ainda consegue ser mais exterminador que a própria UE... Esta diz, por exemplo, oito abates, e o governo português autoriza logo oitenta...É o normal...
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