quarta-feira, 7 de março de 2012

Pressa de Sócrates arrasou com Parque Escolar. Números eram falsos

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Nuno Crato foi ao parlamento dizer que a auditoria do Tribunal de Contas a cinco casos está praticamente concluída

A Parque Escolar arrancou em 2007 com o negócio de requalificação de 322 escolas com uma estimativa inicial de 940 milhões de euros, que eram totalmente falsos e que apenas serviram para acelerar a vinda de dinheiros da Europa. Passado um ano, a realidade era bem diferente: 1,4 mil milhões de euros (cerca de 50% a mais) – e só para metade das escolas no universo inicialmente apontado. Uma parte significativa desta diferença, de 460 milhões de euros, acabou por sair do bolso dos contribuintes.

A razão principal de o valor inicial estar totalmente desfasado da realidade teve a ver com a pressa do anterior governo de assegurar verbas comunitárias e do BEI para acelerar a execução das obras.

Aquele valor foi calculado tendo por base o tipo de intervenções casuísticas nas escolas que as direcções regionais costumavam fazer até então (os telhados degradados, os vidros partidos, os pavimentos esburacados, etc.), disse ao i fonte próxima do processo. No entanto, nada que se assemelhasse à requalificação integral dos edifícios e das estruturas que a Parque Escolar se propunha fazer.

Porém, foram estes 940 milhões de euros que o ministro da Educação levou ontem ao parlamento para justificar que as obras custaram 5,5 vezes mais que o previsto.

Na realidade, a derrapagem foi muito maior. Em 2008, o plano de negócios já apontava para um investimento de 1,4 mil milhões de euros para 166 escolas. Sem contar com o equipamento, monoblocos e escolas de projecto especial, como os conservatórios.

No final de 2011, o investimento passou para 1,8 mil milhões, sendo o valor médio dos custos de construção por escola de 12,1 milhões de euros, correspondentes a um custo unitário médio de construção de 815 euros por metro quadrado.

Notas do Papa Açordas: É por casos destes que defendemos a responsabilização criminal dos governantes. Não é assim que se governa um país! O governante não deve, ou melhor, não pode esbanjar os dinheiros públicos como fez o sr. Sócrates! Já agora, onde vai este senhor buscar o dinheiro que gasta em Paris? Responda quem souber...

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