Os responsáveis municipais garantem que o dinheiro está atribuído, mas com uma ressalva: o premiado ainda não lhe pode mexer.
Na última reunião da Assembleia Municipal de Beja, no período destinado à intervenção do público, um jovem pede a palavra para colocar uma questão: queria saber quando é que a Câmara de Beja lhe pagava o primeiro prémio que ele tinha ganho pela pintura em acrílico sobre tela que apresentou na XVII Galeria Aberta que decorreu entre 12 de Novembro e 30 de Dezembro. E descobriu que vai ter de esperar até que a autarquia tenha dinheiro para lhe pagar, no caso, 1600 euros.
O jovem André Lança, residente em Beja, lembrou que lhe tinha sido garantido que o prémio seria pago no prazo máximo de 15 dias após o encerramento do evento cultural, mas que "nada tinha acontecido". O vereador da Cultura, Miguel Góis, explicou-lhe, assim como aos deputados municipais, que o prémio ainda não fora pago porque a câmara "tinha problemas de tesouraria".
De seguida falou Jorge Revez, do grupo de teatro Lendas de Encantar, de Beja, para reclamar o pagamento de quatro tranches do contrato que a autarquia tinha celebrado para a realização de sessões de teatro pelo concelho. Recebeu do autarca a mesma justificação, o que motivou aceso debate.
Notas do Papa Açordas: Há um ditado no Alentejo que diz: "Quem não tem cu não se mete em paneleiro..." Se a Câmara de Beja não tinha dinheiro para os prémios, não fazia o concurso!... Mas não acredito que a câmara não tenha o dinheiro, pois a importância dos prémios não é relevante...
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1 comentário:
Isto é o pão nosso de cada dia. O país - e não só as autarquias - vive com o dinheiro que não existe.
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