Cerca de metade dos alunos do ensino superior poderá ter de abandonar os cursos

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Estudantes universitários agendaram para hoje um protesto nacional, entre o Marquês de Pombal e a Assembleia da República
São quase tantos os alunos do ensino superior que atravessam dificuldades económicas como os que não. Muitos estão arriscados a ter de deixar os estudos, ainda este ano lectivo, revela um estudo divulgado ontem em Évora e que teve como amostra quatro mil estudantes, num universo de 130 mil. Os dados foram tratados pela Associação Académica da Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro, avança o Correio da Manhã.

O provedor do Estudante do Instituto Politécnico da Guarda (IPG), Jorge Mendes, afirma que há jovens psicologicamente afectados por não conseguirem prosseguir os estudos por falta de capacidade económica. A questão já nem passa só pelo valor das propinas, mas sim pela própria sobrevivência. Só em Janeiro foram anuladas 150 matrículas.

Os alunos que têm de se mudar para a cidade onde está alocada a faculdade passam dificuldades ainda maiores, porque para além de terem de pagar alojamento, ainda têm de prever custos com as deslocações, agora superiores, desde que foram introduzidas portagens nas ex-SCUT.

Jorge Mendes em parceria com os Serviços Sociais e a Associação Académica vai criar um plano de apoio aos estudantes. Estão, inclusive, a ser pensados planos de pagamento faseado das propinas.

Hoje, os alunos do ensino superior manifestam-se em Lisboa, como forma de protesto à falta de condições e apoios.

Notas do Papa Açordas: Este (des)governo está a criar todas as condições para que só hajam, no ensino superior, estudantes das classes mais abastadas. Nunca como agora se viu, perto das Universidades, quartos por alugar a... estudantes... A Universidade do Algarve já teve perto de 10.000 estudantes, hoje pouco passa dos 7.000...

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