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Henrique Gomes demitiu-se da Secretaria de Estado da Energia, apurou o PÚBLICO, uma semana depois dos rumores que davam como certa a saída do seu ministro, Álvaro dos Santos Pereira. A primeira baixa do Governo de Passos Coelho não foi o ministro da Economia, como se especulou, foi um dos seus secretários de Estado.
Henrique Gomes, que será substituído por Artur Trindade, director do serviço de custos e proveitos da Entidade Reguladora dos Serviços Energéticos (ERSE), encontrava-se há vários meses sob fogo cerrado, com a promessa de revisão dos subsídios pagos à indústria eléctrica, nomeadamente às empresas de energia eólica e à cogeração e com a EDP no alvo. A mudança no modelo de ajudas ao sector eléctrico consta das medidas que a troika inscreveu no memorando de entendimento.
Henrique Gomes, ex-quadro da REN, criticava o que considerava serem as “rendas excessivas” pagas às empresas, especialmente à EDP, e o plano que tinha em preparação apontava para a renegociação de um terço dos subsídios e tarifas fixas a pagar este ano, o equivalente a cerca de 600 milhões de euros.
Quando, no ano passado, começou a negociar o processo de revisão de tarifas com os produtores eléctricos, que visava essencialmente acabar com o défice tarifário no sector, Henrique Gomes chegou a ter a disponibilidade de quase todos os interlocutores para uma redução progressiva dos subsídios. A excepção era a EDP, que se opunha sobretudo a alterações nos chamados Contratos de Manutenção do Equilíbrio Contratual (CMEC).
Notas do Papa Açordas: Não admira que a EDP queira manter as altíssimas rendas que o Estado lhe paga, admira sim é que o (des)governo PC, nada faça para as baixar! E quem quer fazer alguma coisa, o caso de Henrique Gomes, vai para a rua... Desta vez, não cumprem a ordens da TROIKA!... É fácil perceber porquê: a EDP é um bom emprego para pós-governo...
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1 comentário:
http://asombraquemepersegue.blogspot.com/2012/03/postal-sua-excelencia-o-senhor.html
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