quinta-feira, 1 de março de 2012

Desemprego saltou para 14,8% em Janeiro, diz o Eurostat

-

O Eurostat estima em 14,8% a taxa de desemprego em Portugal no mês de Janeiro, o mais novo valor recorde desde que há registos.

Trata-se de uma nova subida mensal face aos 14,6% agora registados para Dezembro, e aos 14,0% de Novembro. Trata-se de uma subida de 0,8 pontos percentuais (e de 5,7%) da taxa de desemprego em apenas dois meses.

Portugal fica assim com a terceira maior taxa de desemprego da zona euro, atrás dos 23,3% da Espanha e dos 19,9% registados para a Grécia em Novembro, e a par da Irlanda, também com 14,8%.

O serviço de estatística da União Europeia reviu agora em alta todos os valores do desemprego em Portugal desde Agosto, depois de ser conhecida taxa de desemprego do INE para o quarto trimestre do ano passado, que foi de 14%.

O INE anunciou este valor a meio do mês passado, que resultou da maior subida do desemprego no país desde que há registo (face a 12,4% no terceiro trimestre), e levou o Eurostat a apresentar agora novos valores para quase toda a segunda metade do ano passado.

Os dados do Eurostat diferem dos do INE, que é quem fornece a informação de base, que é calibrada também com informação do IEFP. Além disso, enquanto o INE calcula apenas taxas trimestrais o Eurostat avança com valores mês a mês – que são por isso frequentemente sujeitos a revisão em função dos dados que o INE depois divulga.

Ainda no final de Janeiro, o Eurostat tinha avançado com taxas de desemprego em Portugal de 12,6% em Agosto, 12,8% em Setembro, 13,0% em Outubro, 13,2% em Novembro e 13,6% em Dezembro, corrigidos dos efeitos de sazonalidade. Estes valores foram agora revistos em alta, para respectivamente 12,7%, 13,0%, 13,6%, 14% e 14,6%, acompanhando o salto registado pelo INE e reflectindo a tendência de subida detectada.

Notas do Papa Açordas: O valor real do desemprego em Portugal está neste momento em 22%. Quando o Eurostat diz 14,8%, são os inscritos no IEFP mas, na realidade, existem muitos desempregados de longa duração ( 400.000) que já não procuram emprego e, como tal, o IEFP apagou os seus nomes...

-

Sem comentários: