“A promoção de Portugal através da imagem ou do som deve ser enquadrada numa visão de política externa”, disse o economista, líder do grupo de trabalho para a definição do serviço público que sugeriu que a RTP Internacional passe a emitir sob orientação do Governo. Essa orientação está prevista no relatório entregue segunda-feira ao Governo, onde se recomenda também o fim da publicidade na RTP e do canal público de notícias por cabo, a RTP Informação.
“A forma como a televisão deve ser financiada em serviço público não é através de publicidade comercial, mas sim através de um financiamento que vem ou do Orçamento de Estado ou taxas e Orçamento do Estado, consoante estamos a falar da comunicação feita para o mercado interno ou para o mercado externo”, disse, em declarações à TSF.
“A promoção de Portugal através da imagem ou do som deve ser enquadrada numa visão de política externa e portanto quase que sob a orientação ou em contrato de programa com o Ministério dos Negócios Estrangeiros”, afirmou o economista, que defendeu mesmo que a informação veiculada pelo canal internacional deve ser “filtrada” e “trabalhada” para passar a mensagem de promoção do país. Um tratamento da informação que, acrescentou, “não deve ser questionado”. “A bem da Nação”, rematou.
“Internamente, a visão é diferente – e é por isso que temos também uma perspectiva diferente sobre aquilo que deve ser o serviço público. Não vemos necessidade de a televisão de serviço público estar a fazer concorrência e a ter um tipo de atitude que tem a mesma lógica da actividade privada”. Neste âmbito, defendeu também o fim dos debates televisivos, argumentando que o canal público não tem de replicar aquilo que já é feito pelos canais privados.
Notas do Papa Açordas: Se o sr. João Duque não existisse, tinha que ser inventado... Então o rapaz não quer o regresso da censura?!... Mais, não quer que o tratamento de informação orientado pelo Governo "seja questionado"... Não, não é brincadeira de carnaval...
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