Impossibilidade de notificar o ex-deputado do PSD esteve na origem do mandado de prisão preventiva. Vítor Raposo continua hoje a ser ouvido
Duarte Lima não respondeu às notificações para ser ouvido no âmbito do processo relacionado com a venda de terrenos em Oeiras com dinheiro do BPN, nos últimos meses. O i sabe que o ex--deputado do PSD terá, inclusivamente, indicado às autoridades moradas de casas que entretanto já vendera.Na base da prisão preventiva decretada na sexta-feira terá estado esta impossibilidade de notificar o, agora, arguido. E é por isso que o mandado de detenção do ex-deputado do PSD aludia à hipótese de perigo de fuga: não porque as autoridades considerassem que Duarte Lima estaria a planear sair do país – até porque correria o risco de ser detido e extraditado para o Brasil, país onde já foi decretada a sua prisão preventiva no caso do homicídio de Rosalina Ribeiro –, mas porque não respondeu às notificações. O i tentou, sem sucesso, contactar o advogado de Duarte Lima, Soares da Veiga.Ontem, o sócio do filho do ex-deputado no fundo imobiliário Homeland (que comprou os terrenos de Oeiras) foi detido para interrogatório pela PJ, depois de ter regressado da Guiné-Bissau. Vítor Raposo foi ouvido, durante toda a tarde, no Tribunal Central de Investigação Criminal (TCIC) por Carlos Alexandre – o mesmo juiz que na sexta-feira interrogou Pedro e Duarte Lima. Vítor Raposo vai continuar a ser ouvido hoje, segundo confirmou o seu advogado Paulo Sá e Cunha à Lusa: “O interrogatório prossegue amanhã [hoje] e o meu cliente não está sob detenção”, disse.
Vítor Raposo foi deputado do PSD entre 1991 e 1995, eleito por Bragança. Na altura em que assumiu funções na Assembleia da República tinha apenas 25 anos e beneficiou do regime de substituição de deputados, já que era o primeiro candidato suplente do PSD pelo círculo de Bragança, liderado por Silva Peneda e Duarte Lima. Desde 2009, Vítor Raposo é ainda sócio de Duarte Lima na Vicente International Group, uma empresa dedicada ao comércio de retalho de vestuário com um capital social de 450 mil euros.
Notas do Papa Açordas: A saga Duarte Lima já chateia. A Justiça portuguesa leva demasiado tempo a resolver estes, e os outros, casos. E, quando os intervenientes são políticos ou com peso social, fica tudo "em águas de bacalhau"... Porca miséria!!...
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