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Jornalista que entrevistou Carlos Silvino garantiu ao i que tentou uma aproximação com várias vítimas, mas só conseguiu falar com duas
Jornalista que entrevistou Carlos Silvino garantiu ao i que tentou uma aproximação com várias vítimas, mas só conseguiu falar com duas
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O jornalista Carlos Tomás, autor da entrevista de Carlos Silvino à revista "Focus", pode ser alvo de um inquérito do Ministério Público, para averiguar se a finalidade da entrevista a Silvino e, da abordagem a uma das vítimas com o mesmo objectivo, seria interferir na conduta do processo Casa Pia. O Ministério Público age, neste caso, na configuração de um crime público, independentemente de haver ou não uma participação queixosa. Aqui, a vítima não seriam os miúdos da Casa Pia, mas sim o próprio o Estado.
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"A vítima acaba por ser o Estado, que quer que a justiça seja realizada sem interferências", explicou ao i um juiz que prefere não ser identificado. Carlos Tomás, que em 2004 assinou em co-autoria com Marluce, ex-mulher de Carlos Cruz, o livro "As Grades do Sofrimento", sobre como a família do ex-apresentador, de quem é muito próximo, viveu todo o processo Casa Pia, pode assim ver-se envolvido num processo único em que incorre por um único crime - apesar de os actos por que é alegadamente responsável serem diferentes.
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Se o Ministério Público formular uma acusação confirmando que houve uma tentativa de interferência num processo judicial, Carlos Tomás, irá responder em julgamento. O jornalista pode ainda ser alvo de uma queixa por parte de LM - vítima do processo Casa Pia que terá tentado aliciar - na mesma configuração de crime contra a realização da justiça.
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Ontem, a PGR garantiu ao i que não há ainda qualquer decisão do Ministério Público. Após a publicação da entrevista, o procurador-geral da República adiantou que iria, juntamente com João Aibéo, representante do Ministério Público na fase de julgamento do processo da Casa Pia, analisar o teor da entrevista a Carlos Silvino. No entanto, a PGR dá conta "que ainda não há qualquer data marcada" para o encontro.
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Notas do Papa Açordas: Na Idade Média, quando não se gostava da mensagem, mandava-se matar o mensageiro, e o mesmo parece acontecer agora em Portugal. Não interessa o conteúdo, se é verdadeiro ou falso, interessa antes dar "porrada" no jornalista, para não voltar a fazer o mesmo... Ao que nós chegámos!...
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