Operação realizada em Dezembro teve como objectivo fomentar a liquidez da dívida nacional no mercado
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O Fundo de Regularização da Dívida Pública, instrumento que é o destinatário das receitas das privatizações, subscreveu bilhetes do tesouro no valor de 1500 milhões de euros. Esta operação, realizada em Dezembro do ano passado, foi a primeira do género e teve como objectivo o "fomento de liquidez em mercado secundário", segundo o boletim mensal do Instituto de Gestão da Dívida Pública (IGCP).
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Este fundo tem como finalidade o abate de dívida pública através das receitas da venda das empresas do Estado. No entanto, uma norma introduzida no Orçamento do Estado de 2010 permitiu que pudesse ser usado para subscrever ou comprar valores mobiliários de dívida soberana. Para além de fomentar a liquidez, pretende-se que intervenha em operações de derivados financeiros em nome de uma eficiente gestão da dívida directa do Estado. A emissão de 1500 milhões de euros subscrita por este fundo não consta da lista de leilões de bilhetes de tesouro do IGCP, contudo, está incluída no saldo directo da dívida pública. Não foi possível obter quaisquer esclarecimentos junto das Finanças e do IGCP sobre esta operação até ao fecho da edição.
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Os dados do último mês de 2010 sobre a colocação de dívida pública mostram ainda que em Dezembro foi também feita uma colocação privada de 1,3 mil milhões de euros (foram duas operações de 1300 milhões de euros a dois anos). A meio do ano, Portugal tinha feito colocações privadas em dólares, avaliadas em 931 milhões de euros. No final do ano, estas transacções (MTN - medium term notes), cujos comprador e condições não são divulgados, atingiam assim mais de 3 mil milhões de euros, dos quais a maioria era em moeda estrangeira. Depois de vários anos - pelo menos sete, segundo as estatísticas do IGCP - sem emissões privadas, e que se deveram ao efeito do euro na liquidez dos mercados e nos juros favoráveis, Portugal retomou as MTN em 2009 com uma emissão.
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Notas do Papa Açordas: E assim, este (des)governo vai gerindo a sua quinta. Na minha terra, diz-se que é " encanar a perna à rã..."...
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3 comentários:
Não percebi! Aliás, compara dívidas, para mim, já é um exercício financeiro que me ultrapassa - agora o Estado comprar dívida ao Estado?!!!
Um abraço em mau estado
como é que o Cavaco caiu na esparela do Oliveira e Costa?
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