quarta-feira, 30 de setembro de 2009

Caso dos submarinos: lá vão eles, cantando e rindo...

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Buscas a advogados
Juiz impedido de ver documentos do caso dos submarinos

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Sigilo profissional. Foi este o argumento invocado pelo escritório Sérvulo & Associados, cujo sócio principal é Sérvulo Correia, para impedir que o juiz de instrução que ontem acompanhou as buscas ao escritório do advogado tivesse acesso a toda a documentação apreendida, relativa ao negócio da compra, em 2004, de dois submarinos pelo Estado português. Por isso mesmo, os documentos foram selados e remetidos ao Tribunal da Relação de Lisboa, que avaliará a possibilidade de os mesmos serem integrados no inquérito.
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Sérvulo Correia e um outro advogado, Bernardo Ayala, prestavam em 2004 apoio jurídico ao Ministério da Defesa, a quem competiu a compra dos submergíveis. O líder do CDS-PP, Paulo Portas, era o ministro da Defesa, que assinou o contrato com o consórcio alemão German Submarine Consortium, por 769,3 milhões de euros, um valor que subiu para perto de mil milhões de euros devido aos custos financeiros associados à operação. Portas, que levou o CDS-PP a terceira força política nas eleições de domingo, remeteu-se ontem ao silêncio sobre este caso.
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Ontem, tanto a Sérvulo & Associados como o escritório de Lisboa da Uría Menendez confirmaram a visita de elementos do Departamento Central de Investigação e Acção Penal (DCIAP), onde corre o processo. É que Bernardo Ayala saiu entretanto do escritório de Sérvulo Correia, estando agora na sociedade Uría Menendez. Numa nota emitida ontem, a Sérvulo & Associados indica que "procedeu à entrega dos elementos requeridos" e que, de harmonia com o direito de reclamação ao sigilo profissional, "requereu a selagem dos documentos, sem leitura nem exame prévio, para serem apreciados pelo presidente do Tribunal da Relação de Lisboa".
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Notas do Papa Açordas: Não há que ter receio, pois os governos, actual e futuro, vão resolver o assunto, para que os "ricos, aldrabões e corruptos", continuem a "cantar de galo", do cimo do poleiro...
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1 comentário:

Quint disse...

O que eu acho esquisito é o Ministério Público andar três anos para descobrir um contrato ...
Perca o amigo ou eu um papel e logo vemos o que nos fazem.

Também achei as buscas serem do conhecimento de, pelo menos, um órgão de informação mas a isso já nos habituamos posto que ninguém põe cobro a essa vergonha.