segunda-feira, 19 de setembro de 2011

Se Passos não quebrar silêncio sobre Jardim, perde legitimidade para exigir sacrifícios

O secretário-geral do PS exigiu hoje que o Primeiro-Ministro quebre o silêncio quanto à manutenção da sua confiança política em Alberto João Jardim, sob pena de perder legitimidade para impor mais medidas de austeridade aos portugueses.

Na festa anual do PS de Castelo de Paiva, António José Seguro começou por fazer uma distinção entre o povo madeirense e o seu Governo Regional, que “não são a mesma coisa”, para questionar depois “como é possível que o PSD da Madeira tenha escondido, desde 2003 até ao ano passado, dívidas superiores a mil milhões de euros “ – e às quais se devem somar outras, que “podem ser da ordem dos 8 mil milhões”.

O líder socialista crítica o comportamento de Alberto João Jardim perante “a situação de catástrofe a que chegou a Madeira” – “goza com a situação, diz que o fez deliberadamente, que violou a lei e que escondeu propositadamente a dívida”, refere Seguro – e reprova também a reação de Passos Coelhos, que “disse ‘isso não é comigo – é com o PSD da Madeira”.

António José Seguro exige por isso do Primeiro-Ministro “que diga com clareza se retira a confiança política a Alberto João Jardim”.

“Se Passos Coelho não esclarecer esta situação continua a ser cúmplice pelo silêncio e pela omissão do desastre do seu partido na Madeira”, defendeu o líder dos socialistas. “Se o Primeiro-Ministro não quebrar o seu silêncio cúmplice, perde legitimidade para exigir mais sacrifícios aos portugueses”.

António José Seguro também quer saber “com clareza qual é a situação real da Madeira e quanto é que isso vai custar a cada madeirense e a cada português”, afirmando que é tempo de impor limitações “ao descalabro das contas públicas” do arquipélago.

Notas do Papa Açordas: Esperemos que, depois da conversa com o sr.Silva, Passos Coelho dê alguns esclarecimentos e retire então a confiança política a AJJardim...

-

Sem comentários: