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Durante quase meio século os cubanos não podiam fazer uma coisa que para qualquer europeu é natural: comprar e vender automóveis. Mas as coisas mudaram. O governo cubano publicou finalmente ontem o decreto que autoriza os cidadãos a comprarem e venderem carros.
Esta medida tinha já sido anunciada em Abril último, durante o VI Congresso do Partido Comunista Cubano, mas só agora a medida entra em vigor (mais concretamente a 1 de Outubro, no próximo sábado). É mais um passo em direcção à “actualização” que Raúl Castro está a fazer do socialismo cubano.
O decreto oficial publicado ontem estipula que os cubanos e os residentes estrangeiros poderão agora fazer com os seus carros aquilo que quiserem “sem qualquer autorização prévia por parte de qualquer entidade”.
Esta nova regulamentação está a ser acolhida com grande entusiasmo pelos cubanos, a maioria dos quais impedidos de ter uma viatura desde 1959.
Anteriormente, apenas os automóveis que já estavam na ilha de Cuba antes da revolução poderiam ser comprados e vendidos, o que explica porque é que há tantos carros vintage no país, a maioria dos quais de fabrico americano. Outros tantos veículos existentes em Cuba são de fabrico soviético, uma vez que a URSS era o maior aliado e benfeitor do regime comunista cubano.
As novas regras permitem apenas aos residentes estrangeiros e aos cubanos munidos de uma autorização governamental importarem carros novos. Todos os outros cidadãos terão que se contentar com comprar ou vender carros já existentes na ilha, indica a Reuters.
O valor dos veículos será fixado em pesos cubanos e as transacções serão feitas perante um notário da ilha.
Notas do Papa Açordas: Em Cuba existe o socialismo da miséria. As pessoas são o elo mais fraco de uma nomenklatura que se mantém há muito no poder. O povo não vive, sobrevive... até quando?
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