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Processo decorre de uma queixa apresentada por herdeiros do milionário e está a correr no DCIAP
A investigação está em curso no Departamento Central de Investigação e Acção Penal (DCIAP).
Duarte Lima foi constituído arguido num processo que decorre de uma queixa apresentada por herdeiros de Tomé Feteira, o milionário de Vieira de Leira, garantiram ao i fontes judiciais. A investigação ainda não está concluída. Este episódio processual, soube o i, não está relacionado com o homicídio de Rosalina Ribeiro, ex-secretária de Tomé Feteira, assassinada no Brasil em Dezembro de 2009, mas sim com o destino de verbas que fariam parte da herança do milionário português e que os seus herdeiros reclamam como sua.
O caso Feteira saltou para as páginas dos jornais depois de Rosalina Ribeiro, cliente de Duarte Lima, ter sido assassinada. O advogado foi, aliás, a última pessoa a vê-la com vida. Antes do homicídio, Rosalina e os herdeiros de Tomé Feteira estavam a disputar a herança do milionário, em processos que corriam no Brasil e em Portugal.
Herança maldita Antes de morrer, a ex-secretária terá transferido nove milhões de euros das contas de Tomé Feteira num espaço de três meses, depois da morte do milionário - em 2000 na casa onde moravam juntos há vários anos, em Lisboa. Desse montante, 5,25 milhões terão sido movimentados para Duarte Lima. A revelação foi feita, em Agosto do ano passado, por Olímpia Feteira de Menezes, filha de Tomé Feteira, que cedeu à polícia brasileira cópia dos extractos da União de Bancos Suíços, uma das instituições onde o pai guardava dinheiro. "Depois de uma primeira movimentação de dinheiros a 11 de Março de 2001, seguiram-se cinco transferências para a conta de Duarte Lima", contou ao i, na altura, a filha do milionário.
No dia 13 de Março do mesmo ano, Rosalina terá transferido 1,6 milhões para o advogado. No dia 21, mais 680 mil euros. A 27 do mesmo mês, mais 664 mil, e a 25 de Abril 2,1 milhões de euros. A última movimentação, que data de 22 de Maio de 2001, ficou-se pelos 181 mil euros. A polícia brasileira acredita que existe um terceiro elemento na história, que terá também sido beneficiado com 1,1 milhões de euros, transferidos no dia 24 de Abril e cuja identidade nunca foi apurada.
Notas do Papa Açordas: Oxalá este caso chegue ao fim e se esclareça, definitamente, quem foi o autor ou o mandante do assassinato de Rosalina.
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