Nas Finanças e na Economia, os funcionários ficaram sem emails, sem contactos e sem informação nos computadores
Na semana que antecedeu a tomada de posse do novo governo, entre 13 e 17 de Junho, os funcionários dos gabinetes dos ministérios das Finanças e da Economia ficaram sem informação nos computadores com que trabalhavam, os emails profissionais deixaram de ter histórico ou lista de contactos e os discos rígidos foram limpos. "Foi como começar de novo, apesar de já trabalhar aqui há anos e de ir continuar a trabalhar aqui", disse ao i um funcionário de um gabinete do Ministério das Finanças. A ordem, tendo em conta testemunhos ouvidos pelo i, era a de não deixar qualquer informação nos computadores profissionais. "Um dia apareceu um técnico, perguntou-me se tinha guardado a informação de que precisava e fez uma limpeza total ao disco rígido, até instalou novamente o sistema operativo", explicou.
Esta operação de limpeza foi executada pelo Ceger, organismo responsável pela gestão da rede informática do governo (RiNG) e que está na dependência da presidência do Conselho de Ministros. Os emails profissionais dos funcionários estão armazenados na RiNG, que foi esvaziada de informação.
É através da RiNG que circula toda a informação interministerial, em circuito restrito. Em 2005, por exemplo, esta rede interligava 22 edifícios dos diferentes ministérios e a informação era centralizada num servidor que se localiza na Rua Miguel Lupi, na Lapa, em Lisboa. Também em 2005, ano dos últimos dados que o i obteve, tinham acesso à RiNG 1236 pessoas: 53 membros do governo, 53 chefes de gabinete, 238 adjuntos, 255 assessores, 222 secretárias pessoais, 341 profissionais de apoio e outros 74 funcionários. Em 2005, eram 1534 as caixas de correio incorporadas na rede, com uma média de 10 mil mensagens de correio enviadas por semana e 15 mil mensagens de correio recebidas em idêntico período. Tudo indica que a dimensão restrita de acesso à rede se manteve.
Notas do Papa Açordas: Por muito que Sócrates apague, não consegue apagar a maior burrice que fez; a quase bancarrota do país!... A prisão seria o lugar ideal para passar umas férias...
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