quarta-feira, 20 de outubro de 2010

Orçamento. Passos com luz verde para impor medidas ao governo

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Decisão final do PSD fica marcada para dia 29 de Outubro, dia da votação na generalidade do Orçamento. Negociação só no “âmbito parlamentar”, diz Miguel Relvas
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O conselho nacional do PSD aprovou ontem à noite a estratégia do líder, Pedro Passos Coelho, de esperar por “sinais claros” do governo de que aceita os pressupostos apresentados pelos sociais-democratas: “não podemos poupar o governo a este exercício. Eles têm de dizer o que pensam disto e no fim decidiremos.” O fim anunciado por Passos está marcado para dia 29 de Outubro, dia da votação na generalidade do Orçamento do Estado para 2011 no Parlamento.
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Os conselheiros deram assim luz verde à direcção passista para abster-se caso sejam aceites os pressupostos e para chumbar caso o executivo de Sócrates não responda com um sinal positivo.
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Durante a reunião, Passos terá explicado aos conselheiros que devem “estar preparados para tudo” mas que “o PSD estará sempre à altura das responsabilidades” como esteve ao longo da sua história.
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Na prática, a posição final sobre a votação do documento fica assim dependente da “abertura” do governo para aceitar as medidas apresentadas pela direcção de Passos, aprovadas durante a tarde na reunião da Comissão Política do partido. Durante a reunião do Conselho várias foram as vozes que defenderam que o PSD não deveria negociar e anunciar já que se abstinha.
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Passos Coelho fez questão de salientar aos conselheiros a ideia que quer transportar para os portugueses. “Este orçamento não é o nosso”, disse na reunião que terminou por volta das 2h15.
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Na moção aprovada pela maioria – apenas um voto contra do líder do Sindicato dos Quadros Técnicos do Estado, Bettencourt Picanço, e três abstenções – o PSD diz que o “governo encurralou o país” e que “são necessárias reformas estruturais”.
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No texto, rascunhado pelo próprio líder durante a reunião e que será hoje apresentado ao país numa conferência às 15 horas, o PSD quer garantir que o Orçamento do Estado “defende sobretudo os mais desprotegidos” e que é uma ferramenta para o crescimento económico e não uma arma para a recessão.
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Notas do Papa Açordas: Oxalá que consiga aliviar um pouco a carga de impostos que Sócrates quer aplicar aos portugueses. Para ele, vão pois as nossas esperanças...
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