domingo, 11 de janeiro de 2009

A Saúde, segundo Sócrates

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Mapa final da rede de urgências foi aprovado há um ano
Falta abrir dois terços das urgências básicas nos centros de saúde

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É uma espécie de revolução silenciosa. Gradualmente, a nova rede de serviços de urgência começa a tomar forma, ainda que a um ritmo bem mais lento do que o inicialmente previsto. Quase um ano depois de o mapa final ter sido aprovado, dos 25 serviços de urgência básica (SUB) a instalar nos centros de saúde - a grande novidade da nova rede para os cidadãos, porque as urgências hospitalares já existiam - apenas nove estão a funcionar com esse estatuto. O que foi concebido para funcionar como rede para já ainda parece ser uma manta de retalhos.
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Mais rápida no Norte e no Algarve, a requalificação das urgências tem passado quase despercebida. Talvez porque agora, ao contrário do que acontecia no tempo do ex-ministro da Saúde Correia de Campos, há mais serviços a abrir e muito menos a fechar. O anterior ministro encerrou seis serviços de urgência hospitalares em 2007 e, sempre sublinhando que este processo era completamente independente da reforma das urgências, mandou fechar à noite três dezenas de serviços de atendimento permanente (SAP) nos centros de saúde, entre o final de 2005 e 2007. No ano passado, antes de sair devido à contestação popular, preparava-se para encerrar de madrugada mais três dezenas de SAP, o que acabou por não acontecer.
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Nota do Papa Açordas: A Saúde tem sido o calcanhar de Aquiles deste (des)governo. Começou por fechar urgências, dizendo que, em sua substituição, iria criar estruturas análogas e mais eficientes. Pura ilusão. Fechou maternidades, dizendo que estavam a funcionar sem condições. Resultado: as crianças nascem agora nas ambulâncias. Será que nascem em condições?
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